sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Obrigado aos dois

Entretanto morreu o Salinger e o Francisco José Viegas resolveu fazer serviço público.

On Style



Joshua Prince Ramus é uma versão 2.0 de Rem Koolhaas (um dos upgrades foi a purga política) e esta apresentação é extraordinariamente convincente ainda que desonesta em quase toda a linha (por muito operativa que a arquitectura tente ser há sempre que desenhá-la e nem Ramus me convence que isso acontece de uma forma puramente consequencialista.) Ainda assim é uma boa reacção à encruzilhada estética de fim de era a que a arquitectura parece ter chegado.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Good boy

Dá a pata, finge de morto.

- 'Tou? Ruben?
- Sim?
- É o presidente.
- Olá presidente.
- Olha, estou-ta ligar... porque, como sabes, amanhã vai aí um jornalista, um gajo...
- ... sim.
- ... da Lusa, falar contigo, como tínhamos combinado.
- ... sim.
- E tu vais, um bocado na sequência do que tens dito, tu vais dizer-lhe aquilo do túnel.
- ... sim.
- Que também houve problemas com o Nacional, que quando tu lá jogaste houve confusão no túnel e que foi o Jesus e o Rui Costa que te ameaçaram...
- ... sim.
- e diz-lhe que te empurraram e puseram os dedos nos olhos, mas não coles muito a história à do Hulk, para...
- ... sim, sim.
- ... não dar, não..., tu sabes, para não chamar muito a atenção.
- Ok.
- Se disseres aquilo que ensaiámos ontem não deve haver problema.
- Pois.
- Posso ficar descansado, Ruben?
- Pode, presidente.
- Ok. Olha, se quiseres fruta fala com o Antero que ele arranja.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

«não me caso porque seria incapaz de ter relações sexuais com alguém da minha família»

(...) O país que nós conhecemos trocou a agricultura pela blogosfera, as vindimas pelo lançamento de livros, o sexo por temporadas inteiras de séries americanas (é assim que hoje em dia se vêem as séries, não é como antigamente, em que saltávamos do episódio 3 do Justiceiro para o 50 do MacGyver, convencidos, mesmo que por breves segundos, de que era a mesma série e, em casos terminais, o mesmo episódio) (...)

Bruno Vieira do Amaral, vão lá ler o resto do post

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Obrigado, Obrigado, Liedson

(...) Vou agora explicar-vos o segredo das pessoas de idade: as pessoas de idade envelhecem, tornam-se abruptas e inconvenientes, perdem uma fracção das maneiras e a totalidade do timing, lançam piropos a enfermeiras e dizem mal dos brasileiros, babam-se nas golas da camisa e chamam José ao Luís. O que as pessoas que ainda não são de idade fazem é ignorar tudo isto, mantendo um silêncio decoroso, porque um dia aquela pessoa de idade seremos nós, e vamos precisar da tolerância de quem nos ature. Não se aproveita a oportunidade para apontar, como quem descobre a pólvora, que o avô já não é o que era, ou para ganhar as discussões que se perderam quando as regras eram outras. (...)

Um grande texto lá no Obrigado, Liedson, cujo pretexto é um ataque ao ataque de Christopher Hitchens a Gore Vidal.

Mas é que eu estou muito mais magro

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Não há explicação para o bom que isto é; chega a ser melhor que o B Fachada

E pode influenciar

Há que ver isto pelo lado cómico (mas há outro?): aqui, por exemplo, aos 04:28, João Loureiro alerta para a possibilidade de haver «uma avó» que dê «um toque». Um avó que dê um toque: génio puro.

(Entretanto, o Pedro Marques Lopes - admirador confesso de Jorge Nuno Pinto da Costa, um dos maiores gestores da história de Portugal, ou lá como disse - diz em resposta ao Filipe Nunes Vicente que há «imensos portistas» que querem correr com os sul-americanos. Não duvido: eles sabem que o importante é não correr com as sul-americanas.)

Manda vir

Não é Rui Costa quem quer. O Sporting não sabe isto e entregou as chaves da casa ao Sá Pinto. Deu asneira, claro, e foi Liedson a mostrá-lo. Rui Patrício deu uma fífia (acontece, ontem aconteceu ao Beto uma pior - aquele primeiro golo do Belém é uma maravilha), Sá Pinto mandou vir (especialidade da casa) e Liedson não gostou. Agora é esperar que o beto Bettencourt prefira o pseudo-beto Sá Pinto e mande Liedson embora. Cá estamos para te receber do lado certo da Segunda Circular.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Inimigo do meu inimigo

Andava tão, tão, tão, tão, tão, mas tão angustiado com as próximas presidenciais e com o dilema político-existencial de voltar a votar ou não em Cavaco que tenho de agradecer do fundo do coração a Manuel Alegre por este se ter chegado à frente.

Filhos de uma granda mãe




(O truque é meter «Radiohead» e «from the basement» no youtube.)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Deixar contigo a lei

Vais ficar pra mim
Vais ficar pra sempre aqui
Vais ficar eu sei
Vai ser tal qual eu sonhei
Quando vier no fim
Eu ainda vou gostar de ti
Se tu morreres então, não vou passar do ramadão
Vais ser mãe certeira
Eu vou poder até que enfim,
Ser pai a vida inteira
Ter ordem capoeira
Se tu passares eu não te vou deixar fugir de mim
Eu não te vou largar
Vou ser fiel sem me cansar

Até consigo imaginar a tua cara o meu abraço
E agora o que é que eu faço, estar a espera ou procurar
Até consigo imaginar a tua cara o meu abraço
E agora o que é que eu faço, estar a espera ou procurar

Vais ser tu pra mim
Eu vou calar-me só pra ti
Deixar contigo a lei
Esquecer-me tudo aquilo que sei
Se tu passares meu bem
Será que vais notar em mim
Senão eu vou cá estar pronto para te encontrar

Até consigo imaginar a tua cara, o meu abraço
E agora o que é que eu faço, estar a espera ou procurar
Até consigo imaginar a tua cara o meu abraço
E agora o que é que eu faço, estar a espera ou procurar


«Estar à espera ou procurar», B Fachada

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Estar à espera ou procurar?



Procurar não é preciso; ponto final.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Rúbrica «Cultura Gastronómica»

Um grande vinho:

«Muros Antigos 2007», Alvarinho - a cultura burguesa aprendeu a fazer género entre o «branco» e o «tinto», mas esquece por completo o vinho verde (branco, claro, claro). Urge ressuscitar o vinho verde para as conversas de salão. Viva o vinho verde.

Um grande gelado de chocolate:

«Selecção de... Chocolate», Pingo Doce - A metade do preço do seu concorrente mais directo (Carte d'Or), Selecção de... Chocolate é um dos maiores embaixadores da marca branca do Pingo Doce. Um equilíbrio amargo-doce perfeito (absolutamente indispensável num gelado de chocolate negro) e uma textura surpreendente.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Esta observação astuta que vos deixo

Fui à câmara. Como modelo de civismo que sou, não pude deixar de ir de metro. À saída, nada. Não estava lá ninguém. Tratei dos meus assuntos e voltei, em 20 minutos. As escadas do metro que se encontravam desertas estavam agora ocupadas por uma menina que entregava panfletos. Por causa da chuva, peguei num (tive pena dela). O panfleto, sem surpresa, não me interessou. Como não interessou a quase toda a gente. Como sei isto? Sei isto porque o chão do túnel de acesso à estação estava cheio de panfletos no chão. Eu contei-os (a minha mente precisa de ocupação permanente): 78. Num espaço de - no máximo - 20 minutos, 78 pessoas acharam normal deitar lixo para o chão de uma estação de metro. Não estávamos em hora de ponta, longe disso. Pouca gente passou por ali, o que me leva a concluir que a percentagem de pessoas que acha normal deitar lixo para o chão das estações de metro é muito alta. Era um panfleto pequeno, na estação há vários caixotes para lixo: estamos na presença de um acto instintivo. Se quisermos, de um modo de estar. Eu já não fico triste, nem surpreendido. Só fico surpreendido com o Eduardo Pitta, que agora meteu na cabeça que vai conseguir convencer os desempregados a mudar fraldas a velhotes nos hospitais.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

2013

O exemplo poderia vir de Londres: David Cameron é líder da oposição há quatro anos. As pessoas, como gostam de dizer os nossos autarcas, conhecem-no e vão elegê-lo primeiro-ministro porque o conhecem. Por cá ser líder da oposição por quatro anos só se for para tapar o buraco. Temos esta estranha tradição de deixar os partidos entregues às segundas linhas até à véspera das eleições. O verdadeiros candidatos vão-se protegendo da opinião pública, não vá o diabo tecê-las. A nossa democracia prefere quem se protege a quem se expõe. O exemplo poderia vir de Londres: mesmo que seja só para 2013, era muito importante Paulo Rangel tomar já conta do barco. Mesmo que fosse só para 2013.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Porque lá fora estão temperaturas nórdicas

Tiago,

O «seguir com as nossas vidas» era muito mais seguir com a minha vida do que seguir com a tua vida. Longe de mim considerar homófobo todo aquele que se opõe à ideia de consagrar a instituição do casamento homossexual - se assim fosse, teria de considerar homófoba a grande parte da minha família a quem eu não reconheço nenhuma agressividade especial em relação aos homossexuais. Nunca fiz - nem nunca farei - um paralelismo como esse a que o Eduardo responde, até porque eu fui durante muito tempo contra a ideia do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Não pretendo com isto chamar para mim aquela insuportável arrogância do convertido; não acho que o facto de eu ter mudado de opinião signifique uma qualquer evolução que espero dos outros. Não significa sequer uma evolução, significa uma alteração, ponto. Ou seja, a tua posição não me merece menos respeito do que muitas outras sobre esta matéria, incluindo a minha (ia dizer «qualquer outra», mas depois lembrei-me daqueles que exclamam «morte aos paneleiros» e afinei a redação).

O que nos separa - julgo - é muito mais uma questão de forma do que uma questão de fundo. Tu tens na palavra o alicerce da tua influência (no melhor sentido) no mundo; a palavra é simultaneamente a tua mensagem (no sentido teológico) e o teu veículo (no sentido mais terreno). Penso ser esta a raiz da tua objecção a esta recente alteração à lei: tu não admites a desconstrução do conceito de casamento, porque para ti qualquer alteração formal ao conceito de casamento significará uma alteração de facto ao casamento, e esse é um risco que não estás disposto a correr, porque sabes que a família é não só um desígnio cristão mas o elemento mais confiável da nossa organização social.

Totalmente de acordo. Aquilo que me faz estar do outro lado da estrada é uma crença (não tenho modo de o provar) na fraca eficácia das palavras. Eu não acredito que uma alteração à definição de casamento (o que muita gente propõe em alternativa é uma união em tudo igual excepto no nome) altere o significado do casamento como hoje o conhecemos. O casamento entre um homem e uma mulher continuará a ser o modo ideal de garantir a perpetuação da espécie, e essa é uma posição que não será alterada e continuará a ser reconhecida e protegida pelos homens. Abrir a possibilidade de casamento a casais de pessoas do mesmo sexo não vai esvaziar nem molestar a centralidade do casamento entre pessoas de sexos diferentes, e se isso viesse a acontecer significaria que essa centralidade era artificial, algo em que eu não acredito.

Mas sim, discordo de Pacheco Pereira num ponto que me parece importante. PP considera «hábil» o argumento «hipócrita» de que o acesso ao casamento por parte dos homossexuais quebra uma barreira simbólica que ajuda no combate à homofobia. Eu não sou parvo: não acho que as pessoas são homófobas porque o casamento exclui os homossexuais. Eu acho que as raízes da homofobia são outras. A homofobia é um sentimento de agressividade contra algo que nos choca, e o que nos choca é a ideia do nosso corpo estar envolvido em qualquer actividade sexual com uma pessoa do nosso sexo. Não o compreendemos e julgamos ser isso um desvio moral e uma provocação à nossa natureza. E nós não temos um bom currículo no que toca a responder a provocações. Ou seja, a homofobia é uma manifestação do instinto humano muito difícil - senão impossível - de combater. Aquilo que nós podemos e devemos combater é a tolerância à homofobia, que encontra ainda num conjunto de pormenores públicos um porto de abrigo. Se eu acho que o casamento é um deles? Tenho dúvidas, mas a comunidade homossexual não, e eles é que são os especialistas. Como tentei explicar, não vejo aqui nenhum risco, e espero que esta alteração à lei ajude os homossexuais a levarem uma vida melhor. Espero que esta alteração à lei ajude a tirar da infelicidade muitas pessoas que continuam sem espaço para dizer aos pais aquilo que são. Se esta intenção falhar, paciência, ao menos tentámos. Pacheco Pereira acha isto hipócrita, eu acho apenas optimista.

Um abraço,

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Macacos no sótão

Vamos lá a ver se a gente se entende: ou se nasce homossexual, ou não se nasce homossexual. Isto não pode ser de outra maneira, pelo menos naquilo que toca ao universo masculino - o impulso sexual masculino tem pouca correlação com o contexto: é bastante básico, instintivo e incontrolável. Ninguém decide experimentar a homossexualidade só porque no Príncipe Real isso é bem e o Príncipe Real é o máximo. Eu não sei o que se passa com as mulheres - sou homem e os meus impulsos sexuais não são femininos - mas sou capaz de acreditar que nas mulheres a repulsa física em relação à ideia de relação homossexual (ou acto homossexual) seja menos forte, e que portanto possa haver mais mulheres cuja definição sexual seja ambígua do que homens. Mas que haja homens sexualmente ambíguos, dou isso de barato, há minorias para tudo. O que está em cima da mesa não é uma discussão sobre uma qualquer proposta de sociedade, é uma discussão sobre o modo de tratamento de um conjunto de pessoas que são naturalmente diferentes da maioria. Isto tudo para dizer que a legalização do casamento homossexual não é uma promoção de nada, como já estou fartinho de ouvir por aí. Falo, pelo menos, por mim: nem que todos os homens do mundo fossem gays eu permitiria um apalpãozito que fosse por parte de uma manápula peluda, lamento, não dá. A legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo não vai fazer aumentar o número de homossexuais, as pessoas que estejam descansadas, vai é permitir criar as condições para que os homossexuais não se sintam forçados a esconder a sua condição e casar com pessoas do sexo oposto e, consequentemente, fazer aumentar a percentagem de casamentos infelizes. Aliás, nesse sentido, a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo é uma medida que promoverá a instituição do casamento heterossexual fazendo diminuir o número de casamentos falsos. Imaginem o que é descobrir, ao fim de 10 anos de casamento, que o vosso cônjuge é homossexual. Imaginem lá. Muito bonito, o cenário, muito bonito. Portanto, um pouco mais de bom senso para podermos todos seguir com as nossas vidas.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Um espaço

Bela crónica do Joel Neto contra «os espaços». Totalmente de acordo.

Ainda bem que não acabei com o blogue (ainda)

Tenho vindo a descobrir que não percebo a motivação das pessoas. Não percebo o que elas fazem porque não percebo o que as leva a fazer o que fazem, nem qual é o objectivo que pretendem. Esta notícia, por exemplo, cujo título é Sócrates chumba prémios a grávidas da TAP (foda-se, é que começa logo por aqui, não se trata de «grávidas», como se lerá mais à frente, está tudo, tudo doido), provoca em mim toda uma série de perplexidades. O que se passou foi o que se passa em muitas empresas: as 10 empregadas da TAP que estiveram de baixa de maternidade em 2009 (cá está: não são as «grávidas», são as mulheres que tiveram filhos em 2009, se querem arranjar uma palavra usem «parturiente», vá) não receberam o prémio anual pelo motivo de se enquadrarem na excepção prevista para as pessoas que são «absentistas» durante mais de 5 meses (5 meses, o que significa que pode ter havido gajos - e gajas, que eu não discrimino - que estiveram 4 meses de «baixa psicológica» e que receberam o prémio à mesma). O verdadeiro escândalo não é isto acontecer - enfim, é, mas estas merdas acontecem, a vida está difícil, ter um emprego já não é mau -, o verdadeiro escândalo é o tom da notícia ser todo construído à volta de uma suposta «discriminação do trabalho feminino». Isto é que revolta, caralho! «Discriminação do trabalho feminino» é, por exemplo, só contratar homens para cargos em que é preciso «pensar», por hipótese, ou pagar menos a mulheres só pelo facto de serem mulheres. Estar a foder a vida às mulheres que decidem ter filhos não é «discriminar» o «trabalho feminino», tenham lá paciência, é «discriminar» o país todo e a Segurança Social em particular, hipotecando aquilo das gerações futuras. É particularmente («particular», «particularmente», sou um «escritor» de recursos muito limitados) chocante assistir à conivência do gabinete do primeiro-ministro com esta situação, quando todos sabemos que foi este mesmo primeiro-ministro quem mandou fazer uns cartazes e uns powerpoints a anunciar a abertura de uma conta com 200 euros por cada bebé, como se estivesse a salvar a humanidade do envelhecimento geral. Ter um filho, ser responsável por um parto, não é «absentismo», não é estar de baixa psicológica de férias no Brasil, é dar ao país uma dádiva raríssima. «Absentismo»? Até parece que as mulheres andam a ter aos 5 e 6 filhos por década, tal é o medo que elas comecem para aí todas a parir só para irem para casa com o prémio, deixar de dormir à noite e mudar fraldas e levar com vomitados em cima só porque se pode estar em casa e receber o prémio à mesma. «Discriminação do trabalho feminino», pelo amor de deus, como se ter um filho fosse uma merda «feminina», como por exemplo ter mau sentido de orientação. E 10? Na TAP inteira tiraram o prémio a 10 trabalhadoras para quê? Para equilibrar as contas? 10 em quantos? Quantos trabalhadores tem a TAP, digam-me! Dez? Vou ver à net.

Contra



Há dois tipos de segundos álbuns: os que valem a pena, e os que não valem a pena. Contra, evidentemente, pertence à primeira categoria. Depois de uma primeira - e apressada - audição, confirma-se, felizmente, que Contra é muito mais «Cousins» do que «Horchata» (aqui as sílabas chave são «chata»). Há momentos em que quase parece que Contra surge contra Vampire Weekend (não resisti). 2010 começa em grande.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Uranus*

Um dos motivos que me levaram à decisão de acabar com o blogue (embora essa decisão esteja em processo de ratificação conjugal, um processo mais difícil do que aparentava ao início) é o facto de eu não ter tempo para nada, inclusivamente para ler. O The Age of Wonder, por exemplo, está a avançar muito lentamente. Para terem uma noção, só ontem é que descobri Urano. Ontem. Não há explicação para o universo que ainda tenho pela frente.

(Descobrir Urano foi das melhores experiências da minha vida. Recomendo vivamente.)

* Segundo Richard Holmes, «Uranus» é impronunciável. E «Uranus's» um atentado estético.

O referendo

Antes de acabar com o blogue, ainda há tempo para concordar em absoluto com o que o Pedro Sales diz aqui.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A minha vida não está fácil

Eu quero muito acabar com o blogue mas hoje de manhã vinha a subir a rua e apercebi-me de que trabalho ao lado de um liceu (ou c+s eb2-3 ou lá o que é) e de um local de prostituição e de como é possível comparar as duas vizinhanças tinha já um post pensado que concluía - surpreendentemente - serem as putas as melhores vizinhas por oposição aos teenagers mas depois lembrei-me de que quero muito acabar com o blogue e para acabar com blogues é preciso acabar com as ideias para posts como por exemplo esta de comparar os teenagers às putas não no sentido de chamar irresponsáveis às putas mas no sentido de insultar os teenagers não que ser «puta» seja um insulto vêem? tenho mesmo de acabar com o blogue.

Démodé

Ter um blogue é tão década de 2000.