domingo, 30 de janeiro de 2011

Cairo



Uma cidade que não merece aquilo que lhe está a acontecer.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Clint Eastwood músico



Adenda a este post do João Lopes.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O espantoso senhor Marcelino

- O senhor nunca pensou que merecia um Nobel?
- Um... hã?
- Um, er, Oscar, que no fundo é o Nobel do cinema.
- O Oscar não é o Nobel do cinema!

(De uma penosa entrevista que João Marcelino fez a Manuel de Oliveira, passada ontem na rádio; um pouco mais adiante, e na sequência de uma elaboração interessante de Manuel de Oliveira sobre a diferença entre o seu cinema e o cinema dos oscares, Marcelino riposta: «O senhor é muitas vezes abordado na rua?»)

2016

Ai já é para falar de 2016, é? Eu acho isso tudo muito bonito (sim, António Barreto, porque não?) mas inglório. O vencedor de 2016 tem de reunir duas características fundamentais: ser apoiado pelo PS (já se percebeu que entrámos numa de alternância e o governo será PSD-CDS, não esquecer) e querer muito ser presidente. Ou seja, Guterres tem isto ganho à partida.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Isto é que custa

Sempre que voto em Cavaco tenho de fazer um esforço para não me lembrar da marquise.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Vota Cavaco

Vou votar no Professor Cavaco Silva para Presidente da República Portuguesa porque, de todos os candidatos, ele é aquele em que mais confio para ajudar a fazer de Portugal o país que quero para o meu filho. E pronto, é isto.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sondagens

Sempre que há uma sondagem é a mesma história: quem aparece cá para baixo lança acusações sobre resultados pré-determinados e «números fantasiosos». Pois é: mas as sondagens não são feitas por políticos, são feitas por empresas privadas que dependem da qualidade do seu trabalho para continuar a receber encomendas. Salvo raras excepções sistémicas (das quais a percentagem atribuída ao CDS é um bom exemplo) as sondagens costumam acertar. Já é tempo dos candidatos passarem a ser uns homenzinhos e deixarem-se de acusações graves para as quais, obviamente, não têm qualquer tipo de prova: o porta voz do PCP, por exemplo, apressou-se a dizer que estas sondagens são «tentativas de condicionar vontades», ou coisa que o valha. Ai são? Quais «vontades», pá, quais? Que vontade é essa que o país real aparentemente tem de se transformar num estado comunista, pá? Hã, pá?

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Estabelecimento Prisional de Lisboa

As visitas esperam sempre à porta da prisão de Lisboa, no passeio, num local que tem uma exposição alargada. Pretos, ciganos, ucranianos, pelintras, muitas vezes mulheres bonitas que se tratam especialmente porque vão visitar o marido, o namorado, o amante. Todos os dias é a mesma coisa. Todos os dias há quem seja obrigado a ficar de plantão à porta da prisão, há quem fique especado a denunciar o familiar preso, o filho que foi dentro, o pai que é gatuno. Imagino que não fosse difícil enquadrar uma sala de espera entre muros, mas também imagino que ninguém se rale. Afinal são só pretos, ciganos, ucranianos, pelintras, mulheres bonitas que se tratam especialmente porque vão visitar o marido, o namorado, o amante.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Um golo quase melhor do que o do Samuel, que por sua vez foi quase melhor do que do Guarín

Santinha da ladeira

Governo acredita que o pior do desemprego "já passou"

Mas o governo agora acredita em coisas, é?

Necrófagos II

No programa da manhã da SIC de hoje (eu depois faço-vos um diagrama com a minha vida para perceberem que circunstâncias e dispositivos tácticos levam a que seja possível eu estar a ver o programa da manhã da SIC) falava-se em «exagero mediático» como arma de arremesso contra a família de Carlos Castro por esta ter espalhado as suas cinzas no respiradouro do metropolitano de Nova Iorque. Quem fazia a acusação era um profissional do comentário social. Um nojo.

Aí vão à frente

As crises do Sporting continuam a ser o melhor combustível da blogosfera.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

É isto

Necrófagos, do Pedro Picoito.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Get a life

A blogosfera decidiu tomar os comentaristas anónimos dos jornais pelo país real. De repente, o país desatou num pranto homofóbico e declarações de ódio a Carlos Castro. Lamento, mas não é isso que eu vejo: até o mais homofóbico dos meus amigos não poupa nos impropérios ao Renato e nem por um segundo põe em cima da mesa qualquer hipótese de responsabilidade moral de Carlos Castro naquilo que lhe aconteceu. E um pouco por todo o lado é isso que oiço: as pessoas estão chocadas e Renato é «um monstro».Tentam encontrar explicações para o que aconteceu porque o mal absoluto sempre nos fascinou, não numa tentativa de desculpar o assassino. A minha imaginação também não consegue evitar ficar refém de teorias da conspiração primárias, a culpa é da televisão e das séries criminais. Há gente estuporada nas caixas de comentários? Pois há, não sabiam?

Boas notícias

Continuamos em queda livre mas a aceleração diminuiu.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O Renato

Será mesmo mais vergonhoso em Cantanhede ter um filho homossexual do que um filho homicida?

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Trujillo



O homem que, sozinho, salvou o metal.

Até me custa que seja preciso explicar isto a pessoas inteligentes

«(...) E se Cavaco fosse realmente suspeito de ter cometido alguma ilegalidade? E se o seu nome fosse uma constante num processo de corrupção sobre um mega-empreendimento de milhões? E se aparecesse um vídeo na televisão com um dos envolvidos a chamar-lhe corrupto e a dizer que ele tinha aceite dinheiro sujo? E o que diriam estes senhores se o nome de Cavaco fosse apanhado num processo de corrupção num país estrangeiro? Ou se o nome de familiares directos fossem envolvidos em tramóias, como a compra de apartamentos a preços escandalosos? E o que aconteceria se Cavaco fosse apanhado em escutas sobre negócios duvidosos? E ai, e se Cavaco tivesse acabado o curso a um Domingo? E se tivesse sido interveniente directo num processo duvidoso de construção de casinhas? (...)»

Nuno Gouveia

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Esqueci-me de dizer qual foi a canção do ano de 2010 em português



Foi esta, da Márcia, que se chama Pudera Eu.

A inspecção

Fiz a inspecção periódica do carro, ali em Miraflores. Fiz uma marcação, apareci à hora certa, passados 15 minutos estava despachado. O técnico que me atendeu foi não só absolutamente diligente como simpático. O local da inspecção impressiona pela sua dimensão, organização, limpeza e impacto cinematográfico. O custo desta operação - obrigatória - foi de 28 euros. Tudo isto me pareceu um exemplo bastante civilizado daquilo que deve ser a concorrência na iniciativa privada (tento imaginar o que seria este tipo de inspecções feitas pelo Estado). Há coisa de 10 ou 15 anos era impensável isto acontecer: este tipo de coisas era feito por um homem que um amigo de um amigo indicava que fazia passar o carro a troco de um incentivo monetário vai lá diz que vens da minha parte. Portugal pode estar na merda, mas está muito melhor.

Downton Abbey



Gosford Park sem Altman (mas com Maggie Smith, estejamos todos descansados).

Os chapéus, adoro os chapéus, sei lá.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ano Novo

Não dei pelo «ano a passar», algo que devo partilhar pois estava acordado, contrariamente à maioria das pessoas que não dá pelo «ano a passar» que está a dormir, até porque o «ano a passar» geralmente deprime-me, sou dado a essas coisas, até aqui nada de novo; mas pareceu-me que as outras pessoas também não deram pelo «ano a passar» e isto preocupa-me, porque sei que o resto do povo não tem a minha predisposição para a melancolia e costuma celebrar «o ano a passar». Tento encontrar algum ângulo original, uma observação astuta, mas reconheço que a conclusão a tirar é a evidente: já ninguém confia no «ano novo», ninguém espera nada de 2011, fosse dada a oportunidade e ficávamos todos em 2010, mesmo tendo sido 2010 um ano tão cabrão como foi. Mas não foi: 2010 foi o ano em que nasceu o meu primeiro filho, o que facilitará sempre muito as contas, espero nunca me enganar, 2011 é portanto o ano do primeiro aniversário do meu filho, espanta-me que eu não tenha aberto garrafas de champanhe, convidado o mundo a celebrar. E para começar bem o ano, Deus castigou a minha ira no trânsito (Deus nunca conduziu) através de uma multa: God works in mysterious ways, mas não desta vez, bastou um computador e uma matrícula, a minha, e estava detectado e condenado o delito, a inspecção, maldita, faltei à inspecção.

A quote do Boucherie tem graça

Ídolos: a promoção do lixo musical, um texto de Bruno Carvalho repleto de equívocos ideológicos que devidamente interpelarei assim que.