domingo, 30 de setembro de 2012

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Zero vírgula três

Rua Castilho. Dia de chuva, greve no metro, trânsito difícil. O semáforo abre e, após aquele intervalo de tempo tão característico destas situações, o carro de trás manifesta o seu desagrado pelo facto de o carro da frente ainda estar parado. Uns metros mais à frente, um «carro de alta cilindrada» (já vos disse que no trânsito sou marxista?), estacionado na faixa da direita, obriga todos os condutores a contorná-lo, entupindo a circulação da rua toda. O mesmo condutor que, segundos antes, se tinha aproximado de um colapso nervoso devido a um atraso de zero virgula três segundos, mantém a calma e parece reconhecer aquele troço da faixa de rodagem como um lugar de estacionamento reconhecido pela EMEL. «Basta estarmos conscientes e entender que vivemos num mundo completamente absurdo», já dizia o Pancho Guedes.

domingo, 23 de setembro de 2012

«Xistrema» (uma palavra que aprendi hoje com adeptos do FCP)

O que se passou hoje no Estádio Cidade de Coimbra explica-se em poucas linhas: o Benfica passou um cheque chorudo a Carlos Xistra (e sua equipa, não esquecer aquele fora-de-jogo no final da primeira parte) para que este fizesse aquilo que veio a fazer, de modo a não deixar espaço para o óbvio: a direcção da Benfica, SAD (o maior pecado das SADs, já agora, foi ter feito a transformação de género dos clubes de futebol) é completamente alucinada e não faz ideia para que serve um «médio-centro».

sábado, 22 de setembro de 2012

Portugal 2012

Governo anuncia subida do IRS; povo exclama: "vitória".

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Bom Outono para todos

«O único consenso que alguma vez existiu e continua a existir pode ser resumido da seguinte forma: todos concordam que o governo deve cortar na despesa para que não seja necessário cortar na saúde , na educação, nas segurança social, nos salários, no investimento e na cultura.»

João Miranda

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Maldição

«Que vivas tempos interessantes».

We can't be beat

No fundo é isto

O Benzema é muito melhor ponta-de-lança que o Higuaín. É muito melhor ponta-de-lança que toda a gente, à excepção daquela fusão entre Romário e Batistuta que dá pelo nome de Falcão.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Revoluções

Há 38 anos, a revolução fez-se pela democracia, pela liberdade, e pelo fim de uma guerra; hoje, há quem apele a um «novo 25 de Abril» por causa do corte do subsídio de férias.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

E agora?

Bruxelas faz depender ajuda a Portugal da TSU

Alberto João

Ao que isto chegou: Alberto João Jardim na televisão a falar de «decoro institucional».

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Imposto sobre... as PPP?

Tal como o governo escolhe apresentar novas medidas de austeridade antes dos jogos da selecção, estou absolutamente convencido de que António José Seguro escolheu deliberadamente fazer a sua «intervenção» antes da entrevista do primeiro-ministro.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A portagem

Concorde-se ou não com o tipo de medidas que o governo está a implementar para atingir as metas definidas no compromisso com a troika, há um aspecto da indignação que acho profundamente equivocado, que é o argumento de que «os sacrifícios não estão a levar a lado nenhum». Se isso é verdade para a economia interna do país, no sentido em que demora a arrancar o tão prometido crescimento, o mesmo não se poderá dizer da reputação internacional do país. Convém lembrar que o governo de José Sócrates - que em 2009 prometia TGVs, aeroportos e computadores para todos - deixou Portugal à beira da falência e sem capacidade para pagar salários à função pública, quanto mais pagar as dívidas a credores e fornecedores. Em 2011, Portugal era igual à Grécia aos olhos da comunidade internacional. Era um estado falhado e sem futuro. Por muito que a austeridade nos doe, e mesmo concedendo que há injustiças intoleráveis em curso ao abrigo de uma agenda liberal fortemente ideológica, não se pode negar esse efeito positivo, que é absolutamente essencial para reclamarmos no futuro a nossa independência financeira. Podemos - porque isto é uma democracia - correr com este governo e substituí-lo por outro mais próximo das nossas simpatias ideológicas, mas não devemos acreditar que é possível fazer o ajustamento que nos foi imposto de um modo menos agressivo para todos nós. Pode haver «outro caminho», mas a portagem é a mesma.

Manuela Ferreira Leite

Teve o condão de vir falar nos reformados, um dos tópicos mais esquecidos na indignação. E fê-lo ao abrigo de um argumento que, apesar de achar que não é totalmente protegido pela lei, é curto e grosso: as reformas não são dinheiro que o Estado entrega aos pensionistas, é dinheiro dos pensionistas que o Estado apenas guardou durante a sua vida activa. E foi directa quando à forma de protesto: chumbo no parlamento do orçamento. Esta mulher fez-nos muita falta.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Vergonha

Vergonha. É a única palavra que serve para descrever o comportamento recente do PS, mas também dos tidos por «senadores» do PSD, e, já agora, de Paulo Portas. Queriam o quê, caralho? Queriam escapar todos por entre os pingos da chuva? Queriam fazer um ajustamento de não-sei-quantos mil milhões à economia portuguesa sem afectar «os mais desfavorecidos»? «Os mais desfavorecidos», ficam já a saber, são 85% a 90% dos portugueses (f: Complexidade e Contradição Bureau of Labor Statistics), somos nós, é a classe média que é cada vez classe média baixa, é o professor o enfermeiro o empregado de balcão o quadro da empresa de painéis solares o engenheiro da câmara o «empreendedor». Queriam «cortar a despesa», era?, sem que o outro lado dessa despesa não desse por isso? A Priscila explica, para quem ainda não percebeu. Explica porque razão é praticamente impossível que haja dois caminhos para atingir os objectivos que o governo de José Sócrates fez o favor de definir no Memorando. Não há: há um, é este, e Vítor Gaspar ocupa um lugar muito, mas muito discreto na lista dos «culpados».

Não queria deixar de dar uma palavra muito especial aos porta-vozes do PS (que se multiplicam como coelhos, quero é ver como é que vão tirar o Tó Zé do poleiro, estamos cá para ver): quando os senhores começaram a ladrar sobre a necessidade de alargar o prazo do ajustamento, esqueceram-se de avisar o país que isso só seria possível se o país cumprisse todos os objectivos a que se propôs (isto é, a que o PS se propôs) de modo a ganhar algum capital de confiança das pessoas que estão a pôr cá o dinheiro. Isto de vir para a televisão dizer que se está «indignado» com as medidas ao mesmo tempo que se canta vitória pelo alargamento do prazo («como o PS sempre disse»), é o mesmo que passar o dia a dizer que são dezasseis horas e vinte minutos e exclamar, às dezasseis horas e vinte minutos, que, «como passámos o dia a dizer, são dezasseis horas e vinte minutos!»

Portanto, façam um favor ao país, façam um favor a todos aqueles que começam a ver a fome a aproximar-se, e não façam de conta que «existe outro caminho». Isto é brincar com as pessoas, e as pessoas não estão para brincadeiras.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

E já agora

Que as eleições de 2016 nos EUA sejam disputadas entre Michelle Obama e Condoleeza Rice.

Eu tenho um sonho

Que Bruno Carvalho e Bruno de Carvalho venham a ser, simultaneamente, os presidentes de Benfica e Sporting.

Um blogue que é assim como o Zenit

Declínio e Queda.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Veludo (com concerto no Jardim da Estrela)




Veludo é o tema de avanço do próximo álbum dos Trêsporcento.  O novo disco, que será editado ainda durante o ano de 2012, conta com a produção de Diego Salema Reis, que já tinha produzido o trabalho anterior da banda, e foi gravado entre Abril e Maio deste ano na Coutada do Som. 

Para celebrar o lançamento da primeira canção do novo trabalho, os Trêsporcento vão dar esta 3ªfeira, 4 de setembro, pelas 21h00, um concerto de entrada livre na Esplanada do Jardim da Estrela.