quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Stieg Larsson
Stieg Larsson, Stieg Larsson, Stieg Larsson: a verdade é que ainda só li as primeiras 150 páginas mas há água que tem de ser deitada na fervura, tenham lá paciência. A edição portuguesa de Os Homens Que Odeiam as Mulheres é exasperante. Os erros de revisão são mais que muitos: não se admitem plurais omissos e pontos finais desaparecidos em combate. Um parágrafo sem ponto final é coito interrompido, pá. A tradução - do inglês, não há ninguém a traduzir do sueco em Portugal? - também me parece descuidada: há «pequenas mesas» por todo o lado, bem como «fortes portas», «gordos homens» e, imagino, «azuis carros». O próprio estilo de Larsson também me parece pouco atraente. Demasiado cinematográfico: abusa-se das descrições visuais - com mapas impressos e tudo - e dos diálogos, e as personagens parecem todas saídas do catálogo dos estereotipos mais comuns - o «velho» é sábio e compreensivo, a «jovem» é anárquica e tatuada, a «amante» é loira. Mas - surpreendentemente - aquilo funciona: as tais 150 páginas foram lidas numa noite e meia.