quinta-feira, 28 de junho de 2007
O cinema anglo-saxónico
Acabei de ouvir no Rádio Clube Português um entendido em cinema a falar sobre o mais recente filme de Manoel de Oliveira. Isto depois de ter recomendado o Die Hard 4, «um filme que não é intelectualmente estimulante», mas que se vê. Sobre o filme de Oliveira, claro, ficámos sem perceber nada. Já sobre o público português, ouvimos a ladaínha do costume: falta de cultura, não percebem o grande génio, as gerações futuras irão dar razão ao mestre, enquanto que esses filmes que hoje são êxitos de bilheteira rapidamente são esquecidos. Pergunta João Adelino Faria: como se explica que os filmes de Manoel de Oliveira sejam sempre um êxito em França? O crítico explica. O cinema de Oliveira é muito dado ao «pensamento» e a outras coisas que não me recordo agora, mas que são comuns ao cinema francês e que «são a antítese» (sic) do «cinema anglo-saxónico». Mas, como vimos, são o pão nosso de cada dia em casa do nosso crítico, sobretudo aquela parte do, como era, pensamento.