sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Menino André
Villas-Boas tem tentado afastar-se do modelo que evidentemente emula (Mourinho), mas se quer ser bem sucedido nessa empreitada terá de evitar alguns deslizes, como a pequena arrogância que ensaiou ontem no final do jogo com o Genk, ao dizer, um, que «quando o Porto disputa um jogador, ele vem para o Porto» e que portanto o Porto nunca quis Sálvio, e, dois, que interpretar a não convocatória de Meireles como um sinal de que o jogador estaria a ser negociado é uma «invenção» dos jornalistas. Tenho alguma estima pelo Villas-Boas (estima que crescerá se se confirmar o seu talento para a profissão que escolheu) e pelo seu pedigree todo - nunca houve um bom treinador beto em Portugal (Norton de Matos foi a última tentativa), já é tempo de alguém limpar a imagem da classe - e por isso custa-me assistir a estes pequenos gestos de suicídio de carácter. A rever.