quarta-feira, 23 de novembro de 2005
Something is rotten in the state of Sweden
Arrogantly modest Sweden, é o título do artigo assinado por Claes Sörstedt na A10 #6, onde se tenta perceber porque razão é a arquitectura Sueca dos últimos 20/30 anos tão desinteressante. A prosa arrasa o país e traça um cenário desolador da arquitectura contemporânea. Não anda muito longe dos lusos lamentos. Ilustro:
(...) It is important to stress that the architect's role has been marginalized. There are almost no formal requirements for an architect that cannot be met by a civil engineer, technical draughtsman or even a layman. The architect is reduced to a slightly arty consultant, never fully responsible. The virtue of professionalism is highly praised while design integrity is not a core issue. (...)
Pelo caminho ficam críticas ao socialismo (que baixou o nível de exigência e instituiu padrões banais para satisfação de todos, criando a cultura da repetição e do aborrecimento) e ao conservadorismo (que se aproveitou da crise do moderno para politizar fortemente a arquitectura moderna e promover uma ideia romantizada da tradição). Tudo para descrever a Suécia como um país arrogante, saudosista e extremamente aborrecido. Tirando, claro, as «blond cover girls», Claes Sörstedt consegue, em três páginas, destruir o mito do «Modelo Sueco».Gostei.
Imagem: primeiro resultado para «Swedish Model» no Google Images