quarta-feira, 12 de março de 2008

Diablo Juno



A minha mulher é que tem razão: Juno é o filme que Agustina teria escrito se tivesse sido stripper. O excesso de frases citáveis mas sobretudo um conjunto de personagens tão irresistíveis quanto inverosímeis (com Juno à cabeça) cria uma relação com o espectador que é semelhante àquela que Agustina desperta: queremos, desesperadamente, fazer parte de um mundo assim e conhecer pessoas daquelas. Elle Page é magnífica mas, também à semelhança do que aconteceu com Little Miss Sunshine, o restante cast é uma das forças do filme (com Michael Cera no papel do pai Paulie Bleeker a arrancar uma interpretação fabulosa.) Agustina ou, e esta já é minha, P. G. Woodhouse, por exemplo. Uma coisa é certa: Juno é um alter-ego de Diablo Cody, e Diablo Cody é um alter-ego de qualquer espectador que se preze.