segunda-feira, 14 de junho de 2010

Anedota

Eu não sei o que é a «direita católica» portuguesa, mas sei que se a «direita católica» produzir Santana Lopes como candidato à presidência da república como alternativa moralista a Cavaco Silva o conceito fica um pouco mais explícito. Aquilo que estará em cima da mesa não é tanto uma questão ideológica (Cavaco é católico, tem um casamento estável há 150 anos e um conjunto de netos bem comportados) mas claramente uma questão de classe: Santana é de Lisboa, dá um beijinho, e aparece nas praias certas do Algarve. Manuel Alegre já me chegava e sobrava, mas a confirmar-se Santana o meu voto no filho do gasolineiro de boliqueime - só por si um símbolo da mobilidade social de que Portugal tanto precisa - será ainda mais livre de constrangimentos.