(...) Não estou, sequer, a contrapor um qualquer ideal geracional. Não estou, pelo menos, a contrapor crenças ou valores da minha geração — que é, também genericamente, a dos progenitores da que agora se identifica. Aliás, se formos por esse caminho (legítimo), teremos que reconhecer que aqueles que, actualmente, têm entre 50 e 65 anos deixaram um legado muito fraco que, agora, se mostra na sua anódina impotência utópica: é, no mínimo, uma desilusão que, de acordo com a letra de Parva que Sou, os filhos se fiquem pela queixa sindical de uma "geração sem remuneração" a quem ainda "falta o carro pagar". (...)
João Lopes