sexta-feira, 14 de junho de 2013
Santo António já se acabou
Feriado. Aproveito para ir ver o Tejo reconstruído entre o Cais do Sodré e o Terreiro do Paço. Tudo o que foi feito me parece bem, e tudo o que está planeado também. As obras é que ainda não parecem ter fim à vista: quem quer passear tem de tolerar o estaleiro. O pior veio depois. A pretexto de acalmar os miúdos, fomos ao Terreiro do Paço comer um gelado. Sentámo-nos numa daquelas esplanadas com um nome inglês (neste caso, o «Aura Lounge Café») e preços também ingleses. Quisemos experimentar o que o turista experimenta. Não correu bem. Apesar de haver poucas mesas com clientes, tudo demorou muito tempo, o que é particularmente incomodativo para quem tem duas crianças inquietas à espera do gelado. Mas o gelado lá veio: uma bola de chocolate para um, uma bola de nata para outro. Há muito tempo que não ficava tão estupefacto: o gelado de nata tinha sido servido depois do gelado de chocolate e com a mesma colher. Uma Frize Limão também chegou, como dizem, «natural». Para pagar, outra espera de aeroporto. O troco é que não veio. Com espera, ou sem espera. Tivemos de ir atrás dele, para dentro do café, onde uma sala vazia servia de entretém a uma dúzia de empregados. O patrão, evidentemente, estava fora. Uma tristeza. Se Portugal fosse um país que precisasse do turismo, diria que era uma tragédia.