segunda-feira, 9 de setembro de 2013
A Gaiola Dourada comove-nos porque faz uma coisa rara: convoca um olhar terno sobre a portugalidade mais epidérmica, namorando o lugar-comum com inteligência e delicadeza. Não é um olhar sobre a emigração portuguesa que transforme o nosso, e há muitos pontos-chave da trama que ficam mal resolvidos (com essa agravante-mor de fazer duas referências ao Benfica desfasadas no tempo em 6 anos), coisas que perdoamos sem esforço. Porque o que Rúben Alves faz com A Gaiola Dourada é lembrar os portugueses das razões pelas quais gostamos tanto de Portugal. O que, feito nos dias que correm, é uma proeza espantosa.