Continuo a comprar a Atlântico. Desculpo-me com a defesa de que as publicações de tendência em Portugal escasseiam e que o dito espécime cumpre os mínimos. Para quem não sabe, a Atlântico é a revista onde escrevem Constança Cunha e Sá, Maria Filomena Mónica, e toda a gente com menos de 35 anos, de direita, cujo blogue tem mais de 300 visitas diárias (mais o Luciano Amaral e o Rui Ramos). Ideologicamente revejo-me a espaços, mas formalmente os espaços são mais raros. Digamos que, bom, há qualquer coisa, qualquer coisa com a qual eu não atino. Há, digamos, duas Atlânticos. Exemplifico com duas aberturas de artigo, um na página 56, outro na página 57 (nem de propósito):
Face número 1: «Não há no mundo lugar em que mais goste de estar do que na Penha Longa. Chegar numa manhã de sol ao buraco 4 do campo de golfe, entre o mar e a serra de Sintra é um prazer que, por muito que se repita, nunca cansa.» Escreveu assim Pedro Marques Lopes.
Número 2: «Faço isto por cerveja. Uma pessoa faz qualquer coisa por umas cervejas, inclusive isto.» Escreveu Jorge Madeira (pseudónimo literário do maradona.)
Não sei se me fiz entender.