quinta-feira, 20 de abril de 2006
Ela acordou assim
(...) Chateia-me, por exemplo, que se faça o culto da depressão. É cool ser depressivpo e andar infeliz. É cool ler escritores e poetas tristes e depois dizer que nos identificamos. Lá está. Um bom exercío seria andar em busca de poetas reinadios e jocosos. Chateia-me também o pseudo-intelectualismo. Somos todos tãããããooooo cultos. Lê-se imenso. Vai-se imenso ao cinema. Vêem-se exposições e concertos. Nada mainstream - Deus nos livre e guarde de fazer o que quer que seja que as massas andem a fazer. Claro que depois, e isto ninguém diz, ser intelectual é como fazer parte de um clubinho onde - importante - não se pode trabalhar, produzir ou fazer algo que não seja para nosso bel-prazer (ainda que este modo de vida, totalmente umbiguista, não contribua, Deus nos proteja, para qualquer tipo de estado vagamente aparentado com a felicidade). Por isso as "reuniões" são sempre marcadas para dias e horas em que as pessoas - ditas normais, oh o horror- trabalham. (...)