Silence, de Shusaku Endo, tem o tom grave e sério do convertido. A linguagem é seca e cadenciada; os parágrafos são curtos; os capítulos são ultra focados. Desde cedo se percebe que Endo escreveu com um objectivo, com um ponto de chegada definido. E não o esconde. O último capítulo - antes do «apêndice» - acaba assim:
But Our Lord was not silent. Even if he had been silent, my life until this day would have spoken of him.
Não há muitas mais maneiras de resumir o Cristianismo.