quarta-feira, 5 de outubro de 2005

Bestseller

Um aviso, desde logo: o texto que se segue é embaraço para a escritora e penoso para os leitores em geral. Margarida Rebelo Pinto repete-se imoderadamente, copia frases de uns para outros livros, utiliza por vezes citações de escritores sem lhes atribuir a origem, tem deslizes de ortografia e comete erros gramaticais, as personagens, as situações, os temas e a estrutura narrativa são sempre os mesmos, as vidas que relata são homogéneas e monótonas, há incongruências catastróficas no vocabulário dos narradores, retirando-lhes toda a credibilidade, as representações dos homens e das mulheres são padronizadas, estereotipadas e simplistas, a escrita toca as raias do mau gosto e do anedótico, o estilo é uniforme e preguiçoso. Tudo considerado, livros deploráveis, falhados e vulgares. Não é fácil afirmar estas coisas, no início senti-me inclusivamente desapontado. É que o fenómeno Margarida Rebelo Pinto era-me simpático. Quando a comecei a ler até estava predisposto a gostar dela.

João «Bulldozer» Pedro George