sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Lisboa

(...) O principal museu de Lisboa, situado numa zona nobre da cidade, parece implantado numa superfície lunar. Nas redondezas não há um café, uma esplanada, um restaurante, um quiosque de jornais e revistas, uma praça de táxis. Há só um passeio com 70cm de largura, um fontanário seco cuja brancura fere a vista, e as portas fechadas de meia dúzia de bares que abrem à meia-noite. O olhar perdido dos turistas diz tudo.

Eduardo Pitta, no Da Literatura