quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
Fazer rir
Já agora, e porque aqui estou, o assunto que pôs o Ricardo Araújo Pereira de novo na blogosfera: a polémica com Paulo Pinto Mascarenhas. Pondo de parte os exageros estilísticos próprios e desejáveis em qualquer polémica que se preze, devo dizer que o Ricardo tem toda a razão. Não tanto pelas razões que invoca (julgo que não precisava de provar nada), mas pela génese da questão. Não faz qualquer tipo de sentido dizer que o Gato Fedorento não pode fazer humor com um assunto que esteja na ordem do dia e que tenha uma conotação política sem executar o devido e famigerado contraditório, que foi o que insinuou o Paulo Pinto Mascarenhas (entre outros). Exigir imparcialidade política ou ideológica ao humor é um absurdo e, como se isso não bastasse por si só, há que reconhecer que o Ricardo, ao dar publicamente a cara nalgumas iniciativas de um determinado partido (que me repele totalmente, já agora) assume com honestidade essa parcialidade, se quisermos. Mais: pela (ainda curta) carreira do Ricardo e do Gato Fedorento, já toda a gente percebeu que eles põem, sem hesitar, a piada à frente da causa. O lema parece ser (e bem) tudo por uma boa piada. Sobretudo (arrisco) se a piada nos puser a rir de nós próprios.