quinta-feira, 10 de abril de 2008
Como eu te percebo, Miguel
Uma das vantagens de não se ter lido Miguel Esteves Cardoso então é estar a ler hoje o melhor cronista português pela primeira vez (mais ou menos). Ler pela primeira vez, por exemplo, a crónica «Intimidades» (Último Volume, pags. 161-165) é assistir a uma obra-prima na primeira fila. Ao fim do primeiro parágrafo - ali entre o Marquês de Pombal e Picoas - tive uma conversa comigo mesmo: vou postar esta merda (nós somos assim, postamos em qualquer lado: o melhor instrumento do bloguista é a memória, não acreditem no contrário). Ao fim do segundo parágrafo, a mesma coisa. O terceiro, também. E o quarto, o quinto, o sexto... O texto é um hino, e é sacrilégio truncar hinos. Quando tiver tempo venho cá prestar o respectivo copy paste.