terça-feira, 13 de maio de 2008
Dispersos #4
Um dos segredos (que deixou de ser segredo porque eu vou revelá-lo agora) do sucesso dos The National é a familiaridade da banda. Não falo só das relações familiares de facto entre eles, mas da familiaridade que todos os elementos têm com a música que tocam, deixando a sensação no ar de que não há confrontos nem divergências criativas, e de que todos ouvem as canções da mesma maneira. A prová-lo estão as constantes trocas: da guitarra para o baixo, do piano para a guitarra, os The National são uma banda em constante mutação. Essas mutações nascem com as necessidades de cada canção, e com a confiança que eles depositam uns nos outros para as poderem fazer. Há ali - exceptuando Berninger - uma total ausência de egos, e percebe-se que os irmãos Dessner e Devendorf agradecem aos céus terem encontrado em Berninger a musa inspiradora que suga as atenções em palco, deixando-os livres para fazerem o que têm para fazer.