Levam uma quase obra-prima ("Alligator") e uma obra-prima ("Boxer") e que lhes corra muito mal a vida, que tanta devoção que lhes prestam precisa pelo menos de mais um grande disco. No Domingo do Senhor, na Aula Magna, serão muitos a rezar cada uma das palavras de Berninger, a celebrar cada explosão das guitarras, a tropeçar em cada nota delicada do piano. Que voltem muitas vezes, estivemos muitos anos à espera de quem nos cantasse assim.
João Bonifácio, Ípsilon de hoje
(Antes, Bonifácio já tinha escrito: «Mas se "Boxer", com os seus pianos, as suas cordas macias, os seus metais de veludo, é o disco de quem está em casa a ver o cotão debaixo do tapete sabendo que tem de se levantar e limpá-lo, dois anos antes "Alligator" era o disco de quem arrasava apartamentos em festa constante», o que é totalmente provado pelo meu circulo de amigos devotos: os solteiros preferem o Alligator, os casados o Boxer. Tal e qual.)