segunda-feira, 18 de maio de 2009
Mártires a mais
De Charles Smith, a Lopes da Mota, até ao Panda do Kung-Fu, o modus operandi é o mesmo: eles são os culpados de tudo, da cabeça deles saiu todo o esquema, o Sócrates / Primeiro-Ministro / primo (riscar o que não interessa) não sabia de nada. O caso de Lopes da Mota é o mais interessante, pois não se percebe que gratificação pessoal poderia sair da sua iniciativa de oferecer o peito às balas. Mas está bem; o regime precisava de um mártir, Lopes da Mota entalou-se pelo regime. Só não se percebe a reacção do Governo: então há um patife a usar indevidamente o nome do Primeiro-Ministro e do Ministro da Justiça, arrastando-os para a lama, e o PS, na voz do excelso dr. Vitalino, sai a terreiro para o defender, bloqueando a sua ida ao Parlamento? Por uma questão de, como é, «princípio»? A política, ao contrário do que pensa, por exemplo, o MEP, não é lugar para altruísmos; o pobre está a ficar desconfiado.