(...) É por isso que Ratzinger terá, em alguma medida, de sacrificar o seu fascínio pela História das Ideias (oportunamente recordado nestas páginas por José Medeiros Ferreira) à sabedoria milenar herdada pelas vestes de Bento XVI. (...)
O ultra-moderado Mário Bettencourt Resendes faz um bom resumo da situação, cuja essência (para quem não quer dar-se ao trabalho de ler o artigo) se exprime neste parágrafo. Apesar de concordar com algumas coisas que Luciano Amaral diz hoje também no DN, não consigo ter essa posição de vitimização do Papa. E não ficava nada mal ao Vaticano começar a ter uma melhor relação com a comunicação social, em vez das constantes queixas (ainda que fundadas) sobre «as más interpretações».