É sinal de fraqueza moral aparecer nas vitórias e ficar calado nas derrotas, mas espero que este disclaimer inicial resolva essa questão e crie as condições necessárias à existência e sobrevivência deste post. Também é verdade que eu não acredito naquela velha máxima que postula que «happiness writes white» (Clive James diz que ela é atribuída muitas vezes a esse «aforista prolífico» que dá pelo nome de Anónimo, mas não sei) e por isso acreditem que a infelicidade não é um catalisador para mim. Depois das derrotas estou apenas derrotado, e isso não é bom para ninguém. Mas a verdade é a verdade, e a verdade é que estive calado a seguir ao jogo «em Trofa» (C. Martins, SIC, flash-interview 07.01.2008) e cá estou depois da vitória de ontem em Guimarães para dizer o seguinte: renovem o contrato, com duplicação de ordenado, ao Katsouranis. De resto, a exibição de ontem foi apenas um pouco menos lamentável do que a anterior e os erros estão à vista de todos: não é saudável percebermos que o Balboa entrou em campo com intenções de pensar o jogo e que seja evidente que o Aimar sofre de performance anxiety. Um psicólogo para o balneário, já. Mas há mais: o facto de o Maxi Pereira estar convencido de que é um bom lateral direito não tem contribuído para a minha felicidade.
E cada vez que me lembro que o Katsouranis veio pela mão do Fernando Santos, não sei.