terça-feira, 19 de julho de 2005
E aqui está um post sobre este assunto que não faz trocadilhos com «vento» nem «soprar»
Eu não quero ser chato, mas a verdade é que o planeta está a cair aos bocados. Não seria alarmante se Marte tivesse umas boas praias, cinemas em condições, e uma linha de comboio de alta velocidade a ligar a Lisboa, mesmo que fosse pela solução do T do entroncamento. O problema é que a Terra é tudo o que temos para irmos levando as nossas vidinhas. Posto isto, não pode haver ninguém de bom senso que não perceba a urgência gritante de novas formas de utilizar energia, especialmente aquelas que não utilizam recursos finitos. O vento, como sabemos, é infinito. As eólicas são, portanto, fixes. O resto é paisagem, e não comecem com a conversa da protecção ambiental como se um par de ventoínhas fizesse mal a alguém. Eu até as acho bonitas, sempre que atravesso Espanha, mas aí entramos no capítulo pessoal e é perigoso abrir precedentes que dão a possibilidade a qualquer português de usar o argumento «acho bonito» para justificar tudo e mais alguma coisa, não é por nada, mas o juízo estético não é um forte lusitano. Enfim, venham de lá essas energias alternativas. Ou as alter-energias, como lhe deverá chamar o Boaventura.