(...) Estas reuniões partem sempre de princípios que entroncam numa tradição de queixume e utopia muito Geração de 70. Primeira ideia isto é uma choldra. Segunda ideia: precisamos de estar abertos ao mundo e de trazermos o esplendor alheio para o Rossio. Terceira ideia: a malta das artes e das letras e da política é uma cambada de mentecaptos. Quarta ideia: a nossa geração e os nossos amigos concentram um grau mundialmente inusitado de novidade e génio. Quinta ideia: queremos fazer estardalhaço. Sexta ideia: depois logo se vê.
E assim vamos esboçando a nossa Spectator da Graça, a nossa Prospect de Oeiras, a nossa New Yorker do Saldanha, a nossa Les Inrockuptibles das Olaias. Não espanto ninguém se dizer que dessas vinte revistas nenhuma avançou. Houve planos. Números zero. Textos escritos. Grafismo de truz. Editoriais com verve. Planos para salvar Veneza. Só não houve revista. (...)
Revista à portuguesa, Pedro Mexia, in DN
Onde é que se assina a petição? Não há petição para isto?