terça-feira, 19 de julho de 2005

Não me venham com a ética ou a deontologia e o caralho, quero que vocês se fodam todos (Who else?)

«(...) É matéria já unânimne que "não deviam existir cursos de comunicação social", e que "as pessoas deviam tirar cursos que objectivamente ensinassem alguma coisa sobre o mundo". Tenho a acrescentar ou a retirar a isto o seguinte: para se ser bom jornalista basta ser curioso e escrever bem. Jornalista talvez seja a única profissão para a qual a curiosidade sobre as coisas é mais que suficiente para os gastos mínimos. Não se pode escrever mal, mas também não é preciso ser um Ivan Basso, perdão, um Ivan Nunes. Não me venham com a ética ou a deontologia e o caralho, quero que vocês se fodam todos. Não é preciso mais nada: não escrever mal e ser curioso.

Faz-se mau, péssimo jornalismo em Portugal, porque uma pessoa lê uma noticia sobre um incêndio florestal no diário menos ranhoso de todos com o título "Mais de 2500 hectares de floresta ardidos" e depois lê no corpo da noticia que "70 por cento da área ardida era mato". A jornalista em causa não teve curiosidade nenhuma em diferenciar o significado do vocábulo "mato" do vocábulo "floresta". Se algum dos jornalistas que em Portugal escrevem sazonalmente sobre incêndios tivessem a mínima curiosidade em comparar os números das áreas ardidas anualmente, os significados de cada uma das coisas que se diz que ardeu, as infinitas nuances por de trás da designação "ardida", as também infinitas consequências diferentes que tem arder sobreiro ou eucalipto....enfim, se tivessem um mínimo dos mínimos de curiosidade para além da lisboazinha onde vivem e o Holmes Place onde tentam desengordurar-se, se se introduzissem realmente, de alma e coração, no país sobre o qual escrevem todos os dias em vez de o verem da cápsula metropolitana onde encontram todos os seus sonhos.... Como o Cosmos deste pessoal simpático não passa da Zona 1 do Metropolitano de Lisboa (70 cêntimos), a sua auto-intitulada "consciência cívica" é um brincozinho que colocam só em ocasiões muito especiais (televisão, rádio), já que não chega a tanto que sintam dentro de si o dever de conhecerem e perceberem do que é que estão a falar, talvez porque não imaginam que existam pessoas ou um país que precisa mesmo de se conhecer. Foda-se, parece que são todos do Bloco de Esquerda, oh caralho.

Viram o Francisco Louçã com o pessoal da Companhia de Bailado da Gulbenkian? Estamos fodidos, oiçam o que vos digo, estamos fodidos!»


The one and only maradona