Falemos então de arquitectura.
Aveiro, pólo universitário. Breve passagem de carro em dia inaugural do ano, com pressa para me mandar para Ílhavo e ir ver qualquer coisa de jeito, acompanhado por uma pessoa de bom senso. Dia meio chuvoso. Muitos edifícios alinhados a tijolo, bem desenhados, todos pejados de tiques e formalismos modernos. Uma excepção: o edifício do Vítor Figueiredo. O único que me deu vontade de voltar em dia útil. (Gostei do edifício da reitoria, do Gonçalo Byrne, apesar de nada ter de especial é bonito.)
Ílhavo, 5 minutos depois. Não se acredita o que é Ílhavo. Localidade periférica de Aveiro, sítio feio que dói. O museu não tem nada a ver com o que aparece nas fotografias. Esqueçam. É ainda mais estranho e belo, mais forte e necessário. Por si só salva a vila (cidade?) inteira. É um edifício ultra-elitista de braço dado com o povo, é um aristocrata na adega. Vale trinta e dois pólos universitários de Aveiro (descontando o edifício do Vítor Figueiredo).
E antes disto tudo uma passagem no Hotel Mélia Ria, projecto do Grupo 3. Sim senhora, aprovado com distinção (ainda que reconheça que aquele doce de ovos moles ali estrategicamente deixado pela gerência tenha resolvido a questão por si só).