A poeira das eleições vai custar a assentar neste blogue. Para já, notas muito rápidas sobre os restantes protagonistas.
Soares: Apesar da péssima campanha que fez, gostei da sua declaração. É um homem com outro estatuto, e isso notou-se. Soube ser digno quando era essencial que o fosse. Agora, de volta para a prateleira, secção décadas de 70 e 80.
Jerónimo: Enfim, o que dizer? O PCP lá vai sobrevivendo, de «vitória» em «vitória».
Louçã: Está a entrar na fase autista. 5% dos votos, mas o Bloco é ainda uma «força emergente». Até quando? E a partir de quando é que o Bloco começará a ser tratado na imprensa como aquilo que realmente é, a quinta força política?
Garcia Pereira: O seu estatuto de outsider permite-lhe ir dizendo algumas verdades. Como as críticas a Sampaio (foi «muito mau para a instituição») e a desdramatização à esquerda da vitória de Cavaco (o único a fazê-lo.) Nutro uma certa simpatia pelo advogado.
E apenas mais uma nota final: não sei o que é pior, se o facto de Sócrates ter interrompido o discurso do segundo classificado prepositadamente, se o facto de não saber que o segundo classificado estava a discursar. Não se perdoa.