Está muito bem o Vasco Barreto. E como oportunamente apontou o maradona, esta «literatura de viagem» deixa embaraçado esse desesperante e irritante profissional da coisa que é Gonçalo Cadilhe, o alter-viajante amigo do ambiente e do planeta, de caneta sempre em punho pronta para juízos morais ao «Ocidente», sedento por qualquer coisa que transpire a uma «outra civilização», uma «nova cultura», um sítio «marcante», uma «gastronomia interessante». Cadilhe fez muito para denegrir o género, ao mesmo tempo que se tornava mentor de uma moda pejada de «jovens» que escrevem sobre as suas viagens a sítios politicamente correctos e muito distantes, que dão aso a «descobertas pessoais», a «revelações interiores», a «reflexões metafísicas», a «encontro de culturas», e, inevitavelmente, a vontades de transformar a «sociedade ocidental», que se deixou cair no «materialismo» mais superficial, empurrando para a margem a «espiritualidade» e o «transcendente». Livra.
P.S: Quando puderes, companheiro Vasco, anexa foto das polacas. Obrigado.