quinta-feira, 16 de agosto de 2007
PIB
Às tantas, na FNAC do Chiado, há uma banca que em vez de estar identificada pelo género de literatura que alberga, como é regra na loja, diz apenas «PREÇOS MÍNIMOS GARANTIDOS», ou qualquer coisa do género. Uma espécie de saldos permanentes de livros que já ninguém quer, que perderam o seu valor comercial. Foi aí que descobri, por 7 euros, Retratos e Auto-Retratos, de Vasco Pulido Valente, de 1992, na sua segunda edição de 1997, com a chancela da Assírio e Alvim (umas das editoras mais caras em Portugal, mas que papel é aquele que insistem em usar, senhores?). E pronto, era só mesmo isto que queria comunicar ao mundo. 7 euros. Também se explica por aqui - e um bocadinho mais ao lado, na banca da «Literatura de Viagem», onde se expõe, a título de exemplo, Margarida na Austrália, aparentemente sem ser em saldos e sem que ninguém se envergonhe pela proximidade deste livro da palavra «Literatura» - o porquê da nossa economia estar constantemente a divergir da europeia.