sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

A ler

Thiago Bradell visto por João Amaro Correia.

Não quero acrescentar nada, apenas dizer que «Thiago Bradell» só tem que agradecer o facto de a «crítica» o ignorar. Mas talvez não o devesse fazer, até porque este debate ainda é - e aí está a tragédia - urgente em Portugal e está longe de ser uma mera curiosidade. Botton explica bem no The Architecture of Happiness como toda a arquitectura é linguagem e - portanto - significado, e como nós procuramos a representação da nossa sociedade idealizada nos edifícios. Queremos que as nossas casas nos lembrem, diariamente, o mundo em que queremos viver e, consequentemente, que mostrem aos nossos convidados o modo como nós olhamos à nossa volta. Antes de mais nada, um casa de Thiago Bradell diz muito de quem a encomendou. Mas o mesmo se poderia dizer de uma casa de Souto de Moura. Ou de João Pedro Falcão de Campos. A questão é: como queremos que o mundo seja?