«Num ensaio dedicado a Friedrich Nietzsche, Thomas Mann chama-lhe "o grande mestre das máscaras". Nietzsche nasceu em meados do século XIX e desapareceu em 1900. É o "pai espiritual" do século que desistiu de Deus e continua - como "mestre" insubstituível na sua permanente luminosidade de sombras - transfigurado neste que dá agora os primeiros passos. Sem a devida consciência, as elites do neófito XXI caminham às cegas por entre o riso eterno da loucura genial do filósofo que nos adivinhou. Nós somos, em carne viva, as "máscaras" que Nietzsche inventou para conseguir suportar o insuportável "fardo" da sua vida, essa maravilhosa e terrível estrela que dança. Uma estrela que todos os dias nos dana e simultaneamente nos salva.»
João Gonçalves, a tentar emprestar dignidade aos blogues a soldo da Sábado.