quinta-feira, 6 de novembro de 2008

McCain

O Bruno faz uma boa análise de McCain e os nossos pontos de vista só se descolam no terceiro parágrafo porque eu não consigo chegar àquelas conclusões sem ser atropelado por uma série de dúvidas existenciais: foi mesmo McCain que geriu a campanha? A gritante falta de identificação do candidato com o método levanta essa dúvida, e os mais bem intencionados dirão que «a culpa não foi dele». Não sabemos. No entanto, quer as minhas dúvidas, quer as conclusões do Bruno, mostram a mesma coisa: McCain não soube gerir a campanha e merece ser penalizado por isso. Se as culpas lhe são, de facto, imputáveis, estamos conversados; se, por outro lado, as culpas devem ser dirigidas a outros endereços postais, então McCain é culpado de outro pecado, a falta de espírito de liderança. Essa talvez tenha sido a diferença entre as duas cantidaturas: Obama contagiou o partido democrata com a sua marca de água; McCain deixou-se a afogar no pântano do partido republicano. É certo que os nossos inimigos estão sempre mais perto de nós do que os adversários, mas exigia-se muito mais a McCain, até porque um dos temas mais fortes da sua mensagem era a limpeza de Washington. Ora, se nem o partido republicano McCain conseguiu limpar...