sexta-feira, 7 de novembro de 2008
A Viagem do Elefante
O Pedro Mexia estampa-lhe 4 estrelas (Ípsilon de hoje), e o seu texto parece confirmar a suspeita que se tinha abatido sobre a minha pessoa (com base nesta pré-publicação): depois de umas quantas páginas de O Ano da Morte de Ricardo Reis - abandonado sem explicação convincente - parece que é desta que Saramago me vai seduzir. Este é o seu melhor romance desde o Nobel, dizem, e isso talvez se explique por aquilo que Saramago diz em entrevista a Carlos Vaz Marques: que este não é um romance, é livro, ou um conto, um conto longo, se formos obrigados a dar-lhe uma designação menos vaga. Ao que parece, Saramago ter-se-à desinteressado da alegoria - aquilo que sempre me afastou dele - e parece ser essa sacudidela do capote que permitiu este seu novo - dizem, refrescante - texto que, como diz Mexia, «não se parece com nenhum outro romance de Saramago.» Ainda por cima a capa é bonita.