Um dos meus maiores medos ameaça tornar-se realidade. Claro que o prognóstico é ainda prematuro, mas o modo como as coisas se têm vindo a desenvolver parece querer indicar que o sinistro está próximo. Bem sei que por hábito abandono os livros lá pela página 43 (só na última semana O Processo e Se numa noite de inverno um viajante, que é para verem o calibre do menino que aqui está) e que, neste caso, só foram ainda viradas 4 ou 5 folhas. Contudo, é de tal modo evidente que, ainda assim, os poucos (mas longos) parágrafos consultados irão conduzir à anunciada fatalidade, que perco o pudor, enfrento os fantasmas, e afirmo: estou a ler Saramago* e a gostar.
*O Ano da Morte de Ricardo Reis, não faço a coisa por menos