Vi um sem-abrigo (ou alguém que se assemelhava a um) rodeado de sacos de plástico (dezenas), com os sapatos sujos de cal e areia (um operário da construção civil?), sentado junto à secção da Literatura de Viagem, totalmente absorvido por um livro (infelizmente não vi qual). Passei por ele algumas vezes, num intervalo de tempo de pelo menos 30 minutos, e a sua concentração nunca baixou daquele estado de semi-transe.
Agora é aquela parte do post em que evito o cliché de como os livros nos fazem viajar para locais distantes e inacessíveis.