quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Obama
O tema de capa desta semana da Economist (Obama) gera três artigos que convém ler: «Leaders», a reportagem biográfica, e uma nota sobre o primeiro debate entre Obama e McCain. Depois de ontem ter assistido a um jornalista da Fox News, que cobria a convenção, descrever o anúncio oficial da nomeação do Barack (parece que agora é assim que toda a gente lhe chama) como «algo de especial» (não sei se já disse que isto foi na Fox), ler hoje a Economist consumou a minha sensação de que o mundo está de pernas para o ar. A Economist diz que McCain ganhou o debate (facilmente), explica o porquê da vantagem de McCain nas sondagens e traça um passado político nada, mesmo nada, abonatório para Obama. Parece que este é o destino do bom Barack: afundar-se nas desilusões dos seus próprios apoiantes, agora que eles estão a acordar do estado de dormência em que se deixaram cair e a avaliar seriamente as suas capacidades. O mundo, excepto os tipos da Fox (da Fox!), sente-se «traído» pelo super-homem e não está a gostar. De resto, o melhor discurso da convenção até agora foi de Michelle Obama, que assim se tornou na primeira mulher afro-americana seriamente candidata ao lugar de Hillary Clinton.