O parágrafo da vergonha (bolds meus):
The recent debate about the ethics of working in China, given what is going on in Tibet, has raised once again the dilema of working with (or within) regimes which may not be particularly appealing. There is a certain attraction in declaring that one will not pratise in a certain country because of its behaviour in respect of this or that. The problem is just how far do you take it? There are many people how think Israel should be boycotted because of its treatment of Palestinians, that the Us and UK should be boycotted because of their invasion of Iraq, that either India or Pakistan should be boycotted because of their treatment of each other, or that Russia should be boycotted because of its treatment of the Chechens. The history of the world is a history of some people behaving badly; criticism of China behaving like an imperial power is a bit rich coming from countries who behave like imperialists themselves when it suits them, or who no longer do so because they have lost their empires. (...)
Paul Finch, China: Talking is better than shouting, The Architectural Review July 2008
Afinal foi mesmo Paul Finch quem assinou este repugnante bocado de prosa, uma tentativa distorcida de justificar a recente imigração para a China (ou Rússia ou Dubai) dos grandes escritórios de arquitectura. A verdade é esta: os arquitectos estão a trabalhar para a China (e para a Rússia, e para o Dubai) porque é aí que o dinheiro está. Ponto. A partir daqui tudo o que se disser terá só a intenção de desculpabilizar as consciências liberais (na asserção anglo-saxónica do termo) do ocidente. E é exactamente isso que Finch tenta aqui fazer de um modo muito ingénuo. Será preciso explicar que não é «o que se está a passar no Tibete» a principal razão para a condenação da China? Que o problema Chinês não é o seu «comportamento imperial»? E que é particularmente triste ver um cidadão inglês juntar no saco das nações que se «portam mal» o Reino Unido e os Estados Unidos? Nick Coen é que tem razão: o 11 de Setembro e o Iraque lixaram a cabeça à esquerda.