Carmona Rodrigues vai ganhar a câmara de Lisboa. Folgadamente.
Este é um comentário baseado no binómio possível para líder da autarquia: Carmona / Carrilho. Acontece que Carrilho é, e isto surpreende-me, muito pior do que imaginava. Carrilho não se aguenta em campanha, não domina os assuntos de que fala, não sabe nada de nada. António Vitorino produziu, há dias (numa convenção qualquer do PS para as autárquicas, uma coisa ali debaixo da pala do Siza com a maioria dos lugares vazios) uma afirmação cujo alcance só agora verdadeiramente se tornou evidente (e passo a citar de memória): «Respeito muito quem consegue calcular a distância entre pilares de uma ponte, quem sabe calcular a profundidade de um túnel, mas o que Lisboa precisa é de alguém que saiba interpretar a alma da cidade (...)». Ou seja, e traduzindo, isto foi um atestado à incompetência do candidato-filósofo. Parece que já o estou a ver, em conferência de imprensa, a dizer que não faz ideia de quanto irá custar a nova ponte sobre o Tejo, mas que consegue perceber que a alma lisboeta está apreensiva.