Joseph Ratzinger, aliás, Bento XVI escreve como um académico (que é). Ao lê-lo, naquilo que é essencial e não dogmático, começamos a dar o benefício da dúvida ao Espírito Santo. Afinal, parece que este era mesmo o homem certo na altura certa. A cada um os seus méritos: Ratzinger nunca chegará a gerar um décimo da simpatia que Wojtyla gerava, mas chegará muito mais longe para aqueles que sempre desconfiaram de grandes multidões. João Paulo II falava para a grande família católica e não precisava que a comunidade deixasse de cantar para o ouvir; Bento XVI fala directamente ao nosso ouvido e exige silêncio e atenção. Mas não nos pede para concordarmos com ele, o que é um sinal da mais elevada maturidade intelectual. E de respeito pelo leitor também.
A propósito de uma encíclica e de um livro cuja leitura iniciei há dias.