Qual é o truque? Vai-se anotando tudo num bloco, é?, numa agenda moleskine, micro-notas de visionamentos e leituras, com estrelinhas de lado? Não faço ideia, só sei que não consigo elaborar aquelas listas do ano pelo simples facto de que não me lembro que livros li, que filmes vi, que álbuns ouvi, que concertos assisti. Lembro-me de um ou dois, no máximo (até começar a ver as listas dos outros meninos). E, por isso, cá vai o meu filme de 2008, um filme que deve estar obrigatoriamente na lista de qualquer homem heterossexual que se preze, um filme que interpreta o cruzamento religioso no médio oriente à luz da luz que entra filtrada num cabeleireiro feminino de Beirute (olha, anotar «Beirut» para a secção da «música») pejado de mulheres bonitas e tensão sexual à flor da pele: