quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Por um Natal melhor
Por um Natal melhor, cheio de harmonia, paz e amor, gostava - Pai Natal se me estás a ouvir esta é para ti - de apanhar três ou quatro daqueles cabrões que largam os velhos nos hospitais durante o período das férias, disponibilizando moradas falsas e não atendo os telemóveis quando toca de Santa Maria (como nos mostrou uma reportagem da SIC de há dois dias), para poderem disfrutar o perú e o bacalhau e o vinho e o chocolate ou para aproveitar o subsídio e dar aquele saltinho ao Brasil sem o avô que precisa que alguém lhe mude as fraldas a atrapalhar, apanhá-los bem e espancá-los fisicamente com recurso a objectos metálicos pontiagudos. A tortura física não é a minha primeira opção: a primeira opção seria fazê-los sofrer uma humilhação e privação semelhantes à que sofrem aqueles velhos abandonados pela família, tratados como um animal de estimação mal cheiroso, não esquecidos mas simplesmente ignorados, mas suspeito que isto é gente que só vá lá mesmo à bastonada.