terça-feira, 29 de novembro de 2005
Weisz & Cª
Uma boa realização (Meirelles) para um fraco argumento, uma adequada interpretação (Weisz) e uma extraordinária fotografia.
Fraco porque não sabe aproveitar a polémica política (o retrato feito das grandes multinacionais face a uma oprimida África é demasiado redutor e moralista, não tanto pela situação por si mas mais pela caracterização simplista dos "bons" e dos "maus"), centrando-se numa "história de amor" com pouca história. O argumento tem, no entanto, um momento feliz: todo o tempo durante o qual se suspeita da fidelidade de Tessa, momento esse em que a interpretação de Fiennes quase que chega a fazer sentido e Weisz brilha. Aliás, a «gaja da múmia» está a revelar-se uma actriz digna de registo (já o era por outras razões). No geral faltou a Meirelles a violência a que não se poupou em A Cidade de Deus.
Fazendo as contas ando lá pela loucura dos eighties
Segundo dados agora revelados pelo Instituto Nacional de Estatística, os portugueses casam cada vez mais tarde. Em 1994, os homens casavam-se em média aos 26,7 anos. Em 2004, casam-se em média aos 28, 6. É bom saber que estou à frente do meu tempo: vivo, digamos, em 2024.
Estado Civil
Estado Civil
O ar da coisa
(A propósito da indignação do João, que eu não partilho, sobre o Bom Sucesso - Design Resort, Leisure, Golfe & SPA, relato uma curta conversa que mantive na passada Feira do Imobiliário, em Lisboa.)
Aproximo-me da maquete de conjunto, que já apresenta os projectos desenvolvidos. Inclino-me sobre a dita cuja, olho com atenção.
- Boa tarde, posso ajudá-lo?
Cinquentas, fato e gravata mal amanhados, bigode, eis o meu agente imobiliário evidentemente orgulhoso.
- Não, estou só a ver...
Arrependo-me rapidamente.
- ... por acaso até pode, espere lá. Diga-me só uma coisa, porque é que há arquitectos que estão aqui a desenvolver projectos que não aparecem ali no painel?
Aponto para um cartaz king-size com os retratos dos artistas tal e qual poster de estrela rock.
Pausa.
Ar de espanto do meu interlocutor.
- Porque é que diz isso?
- Olhe, por exemplo, aquela bolacha ali é do Graça Dias e do Egas José Vieira, e não vejo a cara deles ali atrás.
Intrigado.
- É arquitecto?
- Sou.
- Pois, isso tem a ver com as fases do projecto. Estamos a reservar alguns nomes para a segunda fase. Olhe, sabe de quem são estas aqui da ponta?
E aponta para três ou quatro caixas iguais às outras.
- Não.
- São do Chipperfield.
Orgulho, orgulho, orgulho.
- É para dar um ar mais internacional à coisa.
Não garanto, mas há fortes hipóteses de ter visto ali uma piscadela de olho.
- Obrigado, boa tarde.
João, vai conferir o projecto do Graça Dias e do Egas José Vieira. Uma autêntica aspirina para essa tua indisposição.
Aproximo-me da maquete de conjunto, que já apresenta os projectos desenvolvidos. Inclino-me sobre a dita cuja, olho com atenção.
- Boa tarde, posso ajudá-lo?
Cinquentas, fato e gravata mal amanhados, bigode, eis o meu agente imobiliário evidentemente orgulhoso.
- Não, estou só a ver...
Arrependo-me rapidamente.
- ... por acaso até pode, espere lá. Diga-me só uma coisa, porque é que há arquitectos que estão aqui a desenvolver projectos que não aparecem ali no painel?
Aponto para um cartaz king-size com os retratos dos artistas tal e qual poster de estrela rock.
Pausa.
Ar de espanto do meu interlocutor.
- Porque é que diz isso?
- Olhe, por exemplo, aquela bolacha ali é do Graça Dias e do Egas José Vieira, e não vejo a cara deles ali atrás.
Intrigado.
- É arquitecto?
- Sou.
- Pois, isso tem a ver com as fases do projecto. Estamos a reservar alguns nomes para a segunda fase. Olhe, sabe de quem são estas aqui da ponta?
E aponta para três ou quatro caixas iguais às outras.
- Não.
- São do Chipperfield.
Orgulho, orgulho, orgulho.
- É para dar um ar mais internacional à coisa.
Não garanto, mas há fortes hipóteses de ter visto ali uma piscadela de olho.
- Obrigado, boa tarde.
João, vai conferir o projecto do Graça Dias e do Egas José Vieira. Uma autêntica aspirina para essa tua indisposição.
Dar uso à palavra
Quando pressiono por duas vezes seguidas na tecla 8 do meu telemóvel a primeira palavra que o dicionário reconhece é «tv». Talvez isto seja uma metáfora. Talvez para muitos isto seja um sinónimo. Ou a triste realidade. Para mim é apenas um contratempo.
sábado, 26 de novembro de 2005
Frase
Nos chats, pelo contrário, entre o primeiro contacto e o primeiro encontro é um instantinho. E, às vezes,entre o primeiro encontro e o primeiro contacto ainda mais é mais rápido.
Pedro Mexia, Encontros para cegos, in GR 255
Ser um grande cronista é isto: numa crónica que não é das melhores, ter uma frase destas. Justificou a estampa.
Pedro Mexia, Encontros para cegos, in GR 255
Ser um grande cronista é isto: numa crónica que não é das melhores, ter uma frase destas. Justificou a estampa.
Ponto
Um indivíduo que está sempre a dizer que lá fora é que é bom é um provinciano. Ponto.
João Pedro George
Também se poderá acrescentar, no entanto, que um indivíduo que está sempre a dizer que cá dentro é que é bom é um parvo. Ponto.
João Pedro George
Também se poderá acrescentar, no entanto, que um indivíduo que está sempre a dizer que cá dentro é que é bom é um parvo. Ponto.
A duas velocidades
A A10 tem vindo a reforçar uma realidade: a melhor arquitectura da Europa vem da Suíça, da Irlanda, da Finlândia, da Dinamarca, da Península Ibérica (sim, nós também) e, surpreendentemente, do Leste (Croácia e Eslovénia). O Reino Unido tem mau gosto, por França também se entusiasmaram pelo ferro e o vidro (Nouvel, Perrault), em Itália ainda ninguém lhes disse que já estamos no sec. XXI e que o Rossi já está nos livros de História, da Alemanha chegam só sedes de empresas, na Áustria são todos autistas e julgam-se o que não são (ou seja, todos mini-Coop Himmelb(l)au). Quer dizer, basicamente é isto. Ah, quase me esquecia da Holanda. Da Holanda só me apraz dizer o seguinte: prefiro MVRDV à OMA.
Follow the leader
O Blogue de Esquerda acabou com dignidade. Mérito do José Mário Silva, que se desdobra agora a solo no A Invenção de Morel, e acompanhado no Aspirina B. Quem conhece minimamente a blogosfera sabe que não se pode perder o rasto ao José Mário. Ficam aqui as setas, então.
sexta-feira, 25 de novembro de 2005
Under the bridge com aquecimento central e lugar de estacionamento
No edifício ao lado do meu, o banco público gerado pelo desenho da loja do rés-do-chão sempre serviu de dormitório para gente sem-abrigo. Sempre me incomodou. O dormir na rua é das violências maiores que imagino possam ser inflingidas a um ser humano. Significa a perda total de dignidade, de companhia, de afectos. Aquela gente não tem ninguém, nenhuma família, um amigo que lhes ofereça um bocado de tecto. Alguns podem ter merecido essa condição, outros podem ser apenas vítimas de um percurso de vida azarado, outros simplesmente nunca terão conhecido outra condição. Não sei, nem (e isto faz parte da nossa condição urbana) quero saber. Para mim são apenas pessoas com as quais não me quero relacionar, sob pena de estabeler um qualquer vínculo emocional sem consequências práticas para a vida deles. Nunca lhes disse boa-noite, nunca lhes dei esmola, nunca me vieram pedir nada. Passo por eles a caminho de casa, de noite, com frio, e fico sempre impressionado. Lembro-me que sou católico e que, mais do que uma qualquer obrigação ética, isso me define como alguém que não é indiferente ao outro. Não sei o que fazer. Registo só a minha consternação pelo facto, consternação essa que admito ter-se tornado mais evidente desde que a loja foi ocupada por uma agência imobiliária.
quarta-feira, 23 de novembro de 2005
1984
Recebo um e-mail (no endereço pessoal, não o do blogue) de uma empresa que desconheço com o assunto «Forma, boa nutrição e controlo de peso». Só quero saber uma coisa: quem é que se chibou?
Something is rotten in the state of Sweden
Arrogantly modest Sweden, é o título do artigo assinado por Claes Sörstedt na A10 #6, onde se tenta perceber porque razão é a arquitectura Sueca dos últimos 20/30 anos tão desinteressante. A prosa arrasa o país e traça um cenário desolador da arquitectura contemporânea. Não anda muito longe dos lusos lamentos. Ilustro:
(...) It is important to stress that the architect's role has been marginalized. There are almost no formal requirements for an architect that cannot be met by a civil engineer, technical draughtsman or even a layman. The architect is reduced to a slightly arty consultant, never fully responsible. The virtue of professionalism is highly praised while design integrity is not a core issue. (...)
Pelo caminho ficam críticas ao socialismo (que baixou o nível de exigência e instituiu padrões banais para satisfação de todos, criando a cultura da repetição e do aborrecimento) e ao conservadorismo (que se aproveitou da crise do moderno para politizar fortemente a arquitectura moderna e promover uma ideia romantizada da tradição). Tudo para descrever a Suécia como um país arrogante, saudosista e extremamente aborrecido. Tirando, claro, as «blond cover girls», Claes Sörstedt consegue, em três páginas, destruir o mito do «Modelo Sueco».Gostei.
Imagem: primeiro resultado para «Swedish Model» no Google Images
domingo, 20 de novembro de 2005
Pormenorzinho irritante, hein?
Vital Moreira usa constantemente o pretérito imperfeito do conjuntivo quando se refere à possibilidade de Cavaco ser eleito.
Great ideas for kitchens
Uma das grandes diferenças que sentimos quando passamos de estudante a arquitecto é que passamos a dar menos atenção aos livros que estão na estante assinalada como Arquitectura e mais aos da secção Decoração.
Direito por linhas tortas
Sobre o caso das duas miúdas que se beijaram numa escola de Gaia: o professor que as repreendeu fez mais pela causa gay do que dez anos de desfiles na avenida.
Não ganhei para o susto?
Pode uma perda de controlo do carro na auto-estrada ser uma experiência religiosa? Pode, se duas horas depois repararmos, durante um improvável zapping, que devíamos dar mais atenção a quem a merece.
É um intelectual português, com certeza
As poses do Pereira Coutinho na Grande Reportagem. Sem comentários.
sexta-feira, 18 de novembro de 2005
Não era preciso partir logo para o insulto
«Boa tarde, podia falar com o arquitecto Leandro, por favor?»
quarta-feira, 16 de novembro de 2005
Sedução
Ainda que estivesse ao meu alcance, a «sedução» é coisa que não me interessa. Etimologicamente, «seduzir» é «enganar». E eu ainda mantenho viva essa ingenuidade pateta e verídica que são os «sentimentos».
Pedro Mexia
No meu caso, e há testemunhas, a ingenuidade (muito) pateta e (tristemente) verídica resultou numa estranha sedução que, evitando individualizar responsabilidades, provavelmente serve para explicar muita coisa.
Pedro Mexia
No meu caso, e há testemunhas, a ingenuidade (muito) pateta e (tristemente) verídica resultou numa estranha sedução que, evitando individualizar responsabilidades, provavelmente serve para explicar muita coisa.
terça-feira, 15 de novembro de 2005
Um grande bem haja
Há uma música do Quinteto Tati onde às tantas se ouve «tenho 23 anos e já não faço planos». Podia, podia, elaborar sobre isto, tecer considerações catastrofistas sobre toda uma geração, criticar o modelo social europeu, criticar a crónica falta de iniciativa do povo lusitano, aludir ao desencanto dos jovens num país onde ainda se leva a sério Mário Soares, perder-me em linhas e parágrafos sobre a solidão urbana que leva a malta dos blogues a escrever posts às 2 da manhã referida algures em tempos por Pacheco Pereira, ou, quiçá, dizer «tenho 23 anos e faço planos». Podia, mas vou dormir.
segunda-feira, 14 de novembro de 2005
«Perdoem-me por não avisar ninguém sobre o meu regresso»
Estás perdoado, pá.
O que te vale é que eu tenho aqui uns detectores de presenças que te anunciam a milhas, pondo a sirene a tocar sempre que o domínio-magnata se aproxima. Isso, repito, é o que te vale, porque senão, e na eventualidade de se terem passado mais do que uns míseros quatro dias, tinhas levado umas boas lambadas, tinhas.
O que te vale é que eu tenho aqui uns detectores de presenças que te anunciam a milhas, pondo a sirene a tocar sempre que o domínio-magnata se aproxima. Isso, repito, é o que te vale, porque senão, e na eventualidade de se terem passado mais do que uns míseros quatro dias, tinhas levado umas boas lambadas, tinhas.
sexta-feira, 11 de novembro de 2005
Voltar ao bairro
De tempos a tempos, invariavelmente, aparece uma crónica a elogiar Campo de Ourique. Hoje foi a vez de Miguel Sousa Tavares (no Público, sem link). E cada vez que as leio, invariavelmente, apetece-me voltar a Campo de Ourique.
«O apoio a Cavaco Silva é um combate cultural»
(...)
Isto não é um post sobre Soares. Não é também sobre Cavaco. É sobre um combate entre mentalidades distintas, entre mundividências opostas, entre modelos de vida rivais, que em Portugal tem dado sempre o mesmo resultado. Nestas eleições, temos a opção laxista, paternalista, proclamatório-panfletária, defensora de um modelo decrépito, ideologicamente podre. E temos a opção responsável, sensata, moderna.
Corrijo: a opção é só uma.
Francisco Mendes da Silva, no Pulo do Lobo
Isto não é um post sobre Soares. Não é também sobre Cavaco. É sobre um combate entre mentalidades distintas, entre mundividências opostas, entre modelos de vida rivais, que em Portugal tem dado sempre o mesmo resultado. Nestas eleições, temos a opção laxista, paternalista, proclamatório-panfletária, defensora de um modelo decrépito, ideologicamente podre. E temos a opção responsável, sensata, moderna.
Corrijo: a opção é só uma.
Francisco Mendes da Silva, no Pulo do Lobo
quinta-feira, 10 de novembro de 2005
terça-feira, 8 de novembro de 2005
domingo, 6 de novembro de 2005
quarta-feira, 2 de novembro de 2005
terça-feira, 1 de novembro de 2005
Um livro, Pedro Mexia e uma loira de um metro e noventa com uns calções curtíssimos
Entro no metro com a crónica de hoje do Pedro Mexia na cabeça:
Uma coisa que me impressiona nalgumas capitais europeias, especialmente em Londres, é a avalanche de gente que lê nos transportes públicos. Jornais, acima de tudo, mas também livros. E muitos livros policiais, sentimentais, científicos, BD, poesia, biografia, ensaio.
Aqui, não vemos isso muitas vezes. Um ou outro estudante a empinar a matéria, um ou outro Dan Brown, uma ou outra novelista tipo gaja, e estamos conversados. Os nossos hábitos de leitura, segundo indicam os estudos, são diminutos. Mas nem nesse tempo de inactividade por excelência que é o movimento urbano as pessoas aproveitam. E não custava assim muito. (...)
Vou concordando, inquieto, olhando à volta. Não por muito tempo, já que a minha atenção se centra no que levo para ler, no que ando a ler em público (Freakonomics). Viajo de pé encostado a um dos bancos, perto da porta de entrada. A carruagem pára em mais uma estação. São sete da tarde, lá fora está já escuro e chove. Está frio. Uma loira de um metro e noventa, calções minúsculos, ténis de jogging e mochila às costas entra. Não é fácil ignorá-la. Encosta-se ao banco que está à minha frente. Os meus olhos reencontram o caminho das páginas que seguro. Mais uma estação e chego ao meu destino (assim como todos os restantes passageiros, a estação é terminal). Fecho o livro e, para meu espanto, a loira de um metro e noventa com os calções microscópicos está a olhar para mim, rindo. Aponta para o livro e diz com aquela naturalidade que só os nativos dos países de língua oficial inglesa têm, como se estivessem permanentemente em casa (neste caso com sotaque americano):
Do you like it?
Espantado por ser abordado pela primeira vez na vida por uma loira de um metro e noventa, só consigo ripostar:
So far...
Ao que a loira de um metro e noventa com uns calções (não sei se já mencionei este facto) da irmã mais nova responde:
I've read it some time ago. It's very good.
Outro sorriso e foi à vida dela. E eu fui à minha, esfregando as mãos de contente com material postável fresquinho.
Uma coisa que me impressiona nalgumas capitais europeias, especialmente em Londres, é a avalanche de gente que lê nos transportes públicos. Jornais, acima de tudo, mas também livros. E muitos livros policiais, sentimentais, científicos, BD, poesia, biografia, ensaio.
Aqui, não vemos isso muitas vezes. Um ou outro estudante a empinar a matéria, um ou outro Dan Brown, uma ou outra novelista tipo gaja, e estamos conversados. Os nossos hábitos de leitura, segundo indicam os estudos, são diminutos. Mas nem nesse tempo de inactividade por excelência que é o movimento urbano as pessoas aproveitam. E não custava assim muito. (...)
Vou concordando, inquieto, olhando à volta. Não por muito tempo, já que a minha atenção se centra no que levo para ler, no que ando a ler em público (Freakonomics). Viajo de pé encostado a um dos bancos, perto da porta de entrada. A carruagem pára em mais uma estação. São sete da tarde, lá fora está já escuro e chove. Está frio. Uma loira de um metro e noventa, calções minúsculos, ténis de jogging e mochila às costas entra. Não é fácil ignorá-la. Encosta-se ao banco que está à minha frente. Os meus olhos reencontram o caminho das páginas que seguro. Mais uma estação e chego ao meu destino (assim como todos os restantes passageiros, a estação é terminal). Fecho o livro e, para meu espanto, a loira de um metro e noventa com os calções microscópicos está a olhar para mim, rindo. Aponta para o livro e diz com aquela naturalidade que só os nativos dos países de língua oficial inglesa têm, como se estivessem permanentemente em casa (neste caso com sotaque americano):
Do you like it?
Espantado por ser abordado pela primeira vez na vida por uma loira de um metro e noventa, só consigo ripostar:
So far...
Ao que a loira de um metro e noventa com uns calções (não sei se já mencionei este facto) da irmã mais nova responde:
I've read it some time ago. It's very good.
Outro sorriso e foi à vida dela. E eu fui à minha, esfregando as mãos de contente com material postável fresquinho.
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