segunda-feira, 30 de abril de 2012

quarta-feira, 18 de abril de 2012

ww ww ww

«The wit of Wilde, the lightness of Wodehouse, the waspishness of Waugh.»

Zadie Smith sobre Edward St. Aubyn. Eu teria sido mais ambicioso: The wit of Wilde, the weightlessness of Wodehouse, the waspishness of Waugh.

Tal como acontece na maioria das situações

«Acontece que – tal como na maioria das situações em que temos um grupo de homens sem nada para fazer – a equipa de 11 agentes dos serviços secretos, que chegou à cidade poucos dias antes do líder dos EUA, parece ter andado a entreter-se com o que não devia [leia-se: contratar os serviços de prostitutas colombianas].»

Sara Sanz Pinto, i.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

A saudação de Anders Breivik

A sério? O Blasfémias e o Insurgente acham mesmo que aquilo não é uma saudação de extrema-direita? Preferem mesmo denunciar a falta de rigor da imprensa que não percebe que o homem que assassinou setenta e sete pessoas em nome da luta contra o «marxismo cultural» e a «colonização islâmica» pode muito bem ser, afinal, um saudosista do PREC ou um lulista encartado? É isso?

Um

«(...) O estilo é o dos blogs: as piadas liceais (a tradicional piada sobre futebol), o divertimento com algumas minudências ortográficas, os solecismos usuais, más leituras, incompreensão propositada de certos fenómenos sociais, etc.. Não há volta a dar, até porque íamos parar ao mesmo sítio, perdendo algum tempo no processo. Não há recomeços, mas é difícil não ficar fodido com esta vulgaridade que, ainda por cima, é uma ficção – podia fingir ser qualquer coisa melhor. (...)»

Gustavo Offely

Idolatrem-me, súbditos

No Ídolos de ontem (o médico recomendou-me uma dose diária de sociopatia), uma rapariga adorável explicava que vinha de uma família conservadora e católica, «maioritariamente monarca».

quarta-feira, 11 de abril de 2012

E assim vão as glórias do mundo

Este é o problema dos idiotas: têm ideias.

147

«Educar uma criança tem três regras: insistir, insistir, insistir.»

Filipe Nunes Vicente, no inexplicavelmente omisso da minha lista de links Lathe Biosas.

Eu diria cento e quarenta e sete regras.

A Maria Filomena Mónica que há em mim

Defendo uma abordagem muito pouco criativa às políticas de educação: as crianças têm de ter resultados satisfatórios a português e matemática. Porque para aprender o estudo do meio é preciso saber interpretar o que está escrito no manual e saber olhar para uma tabela. Isto, a longo prazo, dá frutos. Vocês não imaginam a quantidade de emails profissionais que exigem uma árdua decifração do sujeito e predicado de cada frase que recebo por dia. São horas nisto. Horas a insultar mentalmente os professores destas pessoas. Se eu lesse livros de auto-ajuda diria que isto desperta em mim sentimentos negativos. Eu não quero ter sentimentos negativos.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

A vitória
















A vitória de Micky Ward celebrada em The Fighter não é apenas a vitória - ou vitórias - conseguida dentro do rigue, apesar de estar aí concentrada a receita do filme épico. A grande conquista que o filme narra é a vitória improvável que consegue junto da sua própria família, constituída por uma mãe-eucalipto omnipresente (Melissa Leo), um batalhão de irmãs às suas ordens (são todas mais ou menos indistintas), e um irmão mais velho que vive à sombra de uma pequeníssima glória passada que não só mantém na sombra as aspirações de Micky (ter uma carreira no boxe), como ameaça destruir tudo à sua volta por causa do seu vício (crack, ou não estivéssemos nos anos noventa), corporizado por um irreconhecível e extraordinário Christian Bale (e pensar que Brad Pitt esteve com um pé nesta personagem...). É uma emancipação tardia que uma namorada destemida vem provocar (Amy Adams, oh, Amy) que permite a Micky a sua inscrição improvável na história do desporto, que vem a acontecer já depois da pacificação - e verdadeira união - do clã, rendido às provas do seu efeito nefasto na carreira de Micky, a quem finalmente é reconhecido o talento devido. As cenas de ringue foram reconstuídas o mais fielmente possível às originais, tendo sido contratada para o feito a equipa que filmou os combates para a HBO e usadas as câmeras de então, o que se revelou bastante eficaz na subtil composição do ambiente de «época» (e os filmes de época já são sobre os anos noventa...) Um filme falsamente pequeno (a preparação demorou anos: Mark Wahlberg passou quatro anos no ginásio) que resiste à tentação da narrativa heróica e que, com isso, triunfa a toda a largura do ecrã.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O Seedorf

O Seedorf (um holandês que esteve em Espanha por três anos há mais de 10) fala melhor espanhol que o Dani Alves (um brasileiro que está em Espanha há 10 anos).

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Reuniões imaginárias

A SIC Notícias tem um programa chamado «Conversas Improváveis»; eu sonho com «Reuniões Imaginárias». Tipo, Vale e Azevedo e Joe Berardo. Eu pagava para ver isto.

Tenho uma afta na boca





































Não é tanto a análise que João Lisboa faz aos méritos das três bandas agora lançadas pela recém criada Cafetra Records (que, para quem segue com algum cuidado a música independente nacional, têm tido uma projecção mediática assinalável) que me atrai neste texto, mas mais o confronto directo com aqueles que o precederam nesta análise crítica (esta «gente adulta com os joelhos a tremer de emoção»): é esta disponibilidade para a polémica pública que aplaudo, por ser tão raro na imprensa portuguesa. Porque para isso não bastam apenas as bolas pretas, é preciso ter também, como dizem os ingleses, bolas.