quinta-feira, 16 de junho de 2005

Budapeste, de Chico Buarque



Budapeste não é de Chico Buarque, como é sabido, é da Hungria, o país, mas o Chico roubou-a para escrever um livro quase perfeito. Fica a sensação que todas as palavras estão no sítio certo, quase demasiado certo, calculista, estudado, premeditado, frio, como Budapeste. Talvez tenha sido essa obsessão pela forma que me impede de olhar agora para o livro e sentir a nostalgia das emoções escritas. Acho que tenho medo de coisas assim, perfeitas. Um dia vou encher-me de coragem e vou lê-lo outra vez. Um dia, talvez quando for a Budapeste.