É escandalosamente óbvio, e ainda mais escandaloso se torna após o visionamento do «debate» da RTPN, que o único resultado das eleições de amanhã para os não sei quê nacionais da Ordem dos Arquitectos que não envergonharia a classe seria a vitória de Manuel Vicente. A minha decisão de votar em Manuel Vicente - isto se aquela carta que recebi ontem a pedir-me 70 e tal euros para pagar «cotas» não vier a tornar-se um impeditivo, como diria Sócrates, anti-democrático* - estava já tomada há muito, mas confesso que se baseava única e exclusivamente num factor «positivo», se quisermos: gosto de Manuel Vicente. Mas o que me atropelou que nem um alfa-pendular neste «debate» (mania de se chamar «debates» a estas entrevistas simultâneas) foi a evidente melhor preparação de Manuel Vicente em relação à concorrência, pormenor que, não escondo, me surpreendeu. Estou a ser faccioso. Estou, pois estou, é mandarem as reclamações na volta do correio a ver se eu me importo. Termino este meu «apelo ao voto» (sinto-me, sei lá, quase «cívico» a dizer isto) com um pormenor auto-biográfico que julgo vir colorir esta minha intervenção aqui hoje (obrigado a todos por terem vindo): Manuel Vicente foi meu professor e na primeira vez que foi chamado a avaliar o trabalho por mim realizado disse: «vê lá se é na arquitectura que és feliz, há outros caminhos, sabes?» Tive 10, em 20, o que só prova a extraordinária intuição de Manuel Vicente para estas coisas da arquitectura. Foi o melhor 10 da minha carreira (enfim, foi o único, depois vieram outros professores não tão dotados a quem eu consegui enganar melhor).
* Anti-democrático (definição José Sócrates): tudo aquilo que é feito contra a nossa vontade.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Os meus amigos
A propósito do último filme de Sean Penn (aquele do tipo que se vai suicidar para o Alaska ao som de Eddie Vedder) reparei que os meus amigos ateus partilham uma sensibilidade com os meus amigos católicos (generalizando): ambos condenam a nossa «sociedade ocidental». A cara que me lançaram quando eu exclamei «não há melhor sociedade do que a nossa» denunciou um diagnóstico sumaríssimo de demência em estado avançado misturado com uma condenação desta minha atitude de estar «sempre a contrariar» (não posso evitá-lo, sempre gostei muito dos ingleses). Os ateus (alguns) e os católicos (alguns) não gostam do «consumismo», do «materialismo», da «impessoalidade», da «FNAC», etc. No fundo acham que a «nossa sociedade» não tem «espiritualidade», que se demitiu de ter princípios morais,* e que já ninguém é do Benfica. A diferença é que os primeiros marcam viagens para a Índia e os segundos entram numa igreja e rezam. Mas eu insisti: se não é a nossa a melhor, qual é? Não me responderam e apontaram para uma idealização utópica. Concordei. É possível imaginar essas utopias de uma «sociedade melhor». Mas julgava que o sec. XX nos tinha ensinado a não tentar «aplicar» essas «utopias». Pelos vistos enganei-me.
* Isto é uma Oxford Comma. Os Vampire Weekend têm uma canção com esse nome e este é o respectivo artigo da Wikipedia. Eu sou pela Oxford Comma.
* Isto é uma Oxford Comma. Os Vampire Weekend têm uma canção com esse nome e este é o respectivo artigo da Wikipedia. Eu sou pela Oxford Comma.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Yep
Best of:
ramp
They just put a ramp up over the stairs. My prediction: Appreciation moment about to happen.
seguido de:
Yep, an old guy was wheeled in
Robert Boyle. Art direction or something. 98 years old. I'm going to wikipedia him right now.
Este Joel Stein merece tudo de bom.
ramp
They just put a ramp up over the stairs. My prediction: Appreciation moment about to happen.
seguido de:
Yep, an old guy was wheeled in
Robert Boyle. Art direction or something. 98 years old. I'm going to wikipedia him right now.
Este Joel Stein merece tudo de bom.
A carpete vermelha
Perdoem-me este descuido de pendor homo-erótico, mas a pobreza dos Óscares notou-se até no desfile à entrada. Sem Angelina Jolie ou Rachel Weisz (por amor de Deus, é um sacrilégio elogiar qualquer uma das grávidas deste ano à luz do padrão estabelecido por Weisz no ano passado), a minha escolha vai mesmo para Viggo Mortensen e a sua barba de fazer inveja.
O pessimista encartado
Não há palavras - por muitos argumentistas que tiremos da greve - para descrever a chatice que isto está a ser.
Owen Wilson?
Owen Wilson? Isn't that the guy who tried to kill himself a few months ago? Devo estar a fazer confusão.
(Uma piada política de direita)
Será que vão dar o Óscar de melhor argumento original aos speech writers de Obama?
Viva McCain
Stewart tenta escamotear o escândalo com humor, mas não há volta a dar: falta aqui sumo.
In case you're wondering
«Remarks about the outfits you're wearing at home». Jon Stewart é como um amplificador de válvulas: demora a aquecer mas vai ao sítio.
Começam a escassear razões para estar acordado
Profundamente lamentável este primeiro «momento musical». Matem-me já e acabemos com este sofrimento.
Isto não começou bem
A greve fez-se sentir: o discurso de abertura de Jon Stewart foi fraquinho, demasiado encostado a piadas políticas fáceis, e já estamos nas primeiras homenagens com Celine Dion em fundo. Isto não começou bem.
Papinha feita
Michael Bay
He's with a really young Asian woman with blonde hair, but without huge breasts. That's not very Michael Bay.
Do (obrigatório) Oscar Night Blog
He's with a really young Asian woman with blonde hair, but without huge breasts. That's not very Michael Bay.
Do (obrigatório) Oscar Night Blog
sábado, 23 de fevereiro de 2008
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
O boneco
Sou pouco dado a coisas de militância, mas não resisti a colocar ali no canto superior direito o boneco do Manuel Vicente. É o mínimo que posso fazer como retribuição daquilo que aprendi. Dia 29, vota C.
Campanha
E mais.
Dia 29 de Fevereiro. Um dia esdrúxulo. Uma belíssima ocasião para elegermos Manuel Vicente presidente.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
The National na Aula Magna
Primeira baixa. O amigo surfista tentou alterar as datas da viagem, mas não conseguiu. Dia 11 estará na Costa Rica, um país que, segundo ele, «não tem mulheres bonitas». Segundo ele, sim, porque esta viagem à Costa Rica não é uma oportunidade única, uma viagem que só acontece uma vez na vida, algo que nunca se irá repetir. Não. Esta é a segunda vez em três anos que ele irá ao país dos Costa Riquenhos. E por isso, por causa de umas ondas num estado militar da América Central - onde há mosquitos e americanos, lembre-se - ele não estará presente naquele dia na Aula Magna, mesmo sendo o Matt Berninger o modelo daquilo que ele quer ser quando crescer (cito-o outra vez). Meus amigos, não é a droga. É o surf que está a corromper todos os valores morais sobre os quais assenta a nossa sociedade. E não é bonito de se ver.
«Run to your grave»
A música? É divertida, sim. Mas o que o Nuno Galopim nos trouxe foi um dos melhores clips de que me lembro:
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Vampiro
Um tipo que posta a 8 de Fevereiro de 2008* - de 2008 - que o «Boxer» lhe acabou de chegar ao MP3 fica imediatamente desqualificado para ministrar sermões** sobre hipotéticos atrasos de outros na chegada seja onde for. Se eu o apanhar na Aula Magna não responderei pelos meus actos.
* «No Leitor de MP3», Fevereiro 08
** «O atraso europeu continua», Fevereiro 19
* «No Leitor de MP3», Fevereiro 08
** «O atraso europeu continua», Fevereiro 19
Juro que cerrei o punho e gritei. Estou sozinho na sala, atente-se
Há muito, muito tempo que um dia não se me começava tão bem:
Hello All.
Hope you are well + enjoying what remains of this mild/wild winter! We have a lot of new shows + festivals to announce for 2008 ... Even MORE announcements to come in our next installment!
Tickets for Portugal, Dublin + Copenhagen go on-sale this week!
See you soon!
--
NEW SHOWS:
+ May 11 – Aula Magna – Lisbon, Portugal
(...)
thanks for your support!
/the national
Na Aula Magna, senhores, na Aula Magna.
Hello All.
Hope you are well + enjoying what remains of this mild/wild winter! We have a lot of new shows + festivals to announce for 2008 ... Even MORE announcements to come in our next installment!
Tickets for Portugal, Dublin + Copenhagen go on-sale this week!
See you soon!
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NEW SHOWS:
+ May 11 – Aula Magna – Lisbon, Portugal
(...)
thanks for your support!
/the national
Na Aula Magna, senhores, na Aula Magna.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Vampire Weekend (III)
The name of this band is Vampire Weekend. We are specialists in the following styles: "Cape Cod Kwassa Kwassa", "Upper West Side Soweto", "Campus", and "Oxford Comma Riddim."
Vampire Weekend (II)
Ora aqui está uma banda que vem preencher uma lacuna grave: pela primeira vez sou fã de uns tipos cujo dress code é aprovado pelos meus pais.
Um pouco porco
Estou sem gás em casa mas com net no atelier. Ou seja, on-line mas um pouco porco. Gosto de tudo bem lavadinho, sem dúvida, mas as imersões em água gélida são apenas mais uma das proezas exclusivas do prof. Marcelo.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Vampire Weekend
The finally out "Vampire Weekend" is the best album made by four overly educated, unbearably white kids since forever (...)
Mais coisa menos coisa, é isso.
Detesto
Dar a independência ao Kosovo é pior do que um crime. É um erro político. Que nos vais custar muito caro.
Henrique Raposo, num post etiquetado «detesto ter sempre razão»
Bom, primeiro não sei se o Henrique Raposo tem sempre razão, mas quase aposto que se isso acontecesse ele não o «detestaria». Segundo, ficámos a saber que para o Henrique Raposo um «erro político» é pior do que um «crime». Sei lá, meus Deus, quando o Cavaco comeu o bolo-rei - categoria «erro político» - o país deveria ter estremecido como estremeceu com, epá, sei lá, o Mário Machado - categoria, todo ele, «crime». Enfim.
Henrique Raposo, num post etiquetado «detesto ter sempre razão»
Bom, primeiro não sei se o Henrique Raposo tem sempre razão, mas quase aposto que se isso acontecesse ele não o «detestaria». Segundo, ficámos a saber que para o Henrique Raposo um «erro político» é pior do que um «crime». Sei lá, meus Deus, quando o Cavaco comeu o bolo-rei - categoria «erro político» - o país deveria ter estremecido como estremeceu com, epá, sei lá, o Mário Machado - categoria, todo ele, «crime». Enfim.
Novilíngua
A equipa da GLCS iniciou o processo da construção projectual com uma aproximação tipológica de referências com vista à definição e compreensão dos requisitos técnicos e funcionais, que articulados com os condicionalismos da área de intervenção iriam influenciar a definição da estratégia de intervenção, nomeadamente na procura formal e disposição programática do edifício.
in Arquitectura & Construção nº47, «edifício Refer», texto não assinado de apoio à reportagem de FG + SG - Fotografia de Arquitectura sobre o edifício do Centro de Comando Operacional de Lisboa, da GLCS - Arquitectos Lda.
Depois deste parágrafo (infelizmente não assinado) o leitor desiste, vencido e enxovalhado. Não é só a total falta de sentido, o mau português ou a petulância argumentativa que me deixam boquiaberto com este parágrafo inicial (o texto vai melhorando, diga-se): é, sobretudo, o total desrespeito pela obra apresentada. Gosto do edifício - pode e deve ser visto no site das Últimas Reportagens - e considero o trabalho fotográfico excelente, como já é hábito em Fernando Guerra. Ver este trabalho ser acompanhado por um texto que abre com este parágrafo é assistir ao homicídio de qualquer possibilidade de comunicação com o leitor, que certamente se terá sentido atraído pelas imagens apresentadas. Infelizmente, não é caso único. Tiranto - e enumero-os - Manuel Graça Dias, Ana Vaz Milheiro e Jorge Figueira, parece que mais ninguém em Portugal resiste à tentação de produzir textos herméticos e indecifráveis quando chamados a explicar uma obra a um conjunto de leitores. Se não fosse tão cara oferecia a cada um dos nossos críticos uma assinatura da The Architectural Review, porque só posso colocar a hipótese de que eles não saibam que é possível escrever sobre arquitectura de uma forma que não seja este aborrecimento proto-teórico que parece saído de uma memória descritiva de um aluno de faculdade com aspirações a«intelectual». Mais uma fez, o trabalho dos arquitectos* e dos fotógrafos não merecia um texto assim.
* Como o texto não está assinado podemos estar na presença não de um homicídio mas de um suicídio, já que a hipótese mais provável é que o texto tenha sido escrito pelos projectistas. Nesse caso, devemos culpabilizar a revista, que não conhece a diferença entre um texto crítico e uma memória descritiva - só Deus sabe o que nós escrevemos nas memórias descritivas, e com isto quero incluir-me no rol de arquitectos que diariamente assassinam a língua para explicar «vãos», «volumes», «corpos», «materialidades» e mais o diabo a quatro. Se eu mandasse, as memórias descritivas eram todas assim:
«Este é um prédio muito lindo. Senhor presidente da câmara, por favor aprove-o.»
Eram florestas e florestas amazónicas que se poupavam em papel.
in Arquitectura & Construção nº47, «edifício Refer», texto não assinado de apoio à reportagem de FG + SG - Fotografia de Arquitectura sobre o edifício do Centro de Comando Operacional de Lisboa, da GLCS - Arquitectos Lda.
Depois deste parágrafo (infelizmente não assinado) o leitor desiste, vencido e enxovalhado. Não é só a total falta de sentido, o mau português ou a petulância argumentativa que me deixam boquiaberto com este parágrafo inicial (o texto vai melhorando, diga-se): é, sobretudo, o total desrespeito pela obra apresentada. Gosto do edifício - pode e deve ser visto no site das Últimas Reportagens - e considero o trabalho fotográfico excelente, como já é hábito em Fernando Guerra. Ver este trabalho ser acompanhado por um texto que abre com este parágrafo é assistir ao homicídio de qualquer possibilidade de comunicação com o leitor, que certamente se terá sentido atraído pelas imagens apresentadas. Infelizmente, não é caso único. Tiranto - e enumero-os - Manuel Graça Dias, Ana Vaz Milheiro e Jorge Figueira, parece que mais ninguém em Portugal resiste à tentação de produzir textos herméticos e indecifráveis quando chamados a explicar uma obra a um conjunto de leitores. Se não fosse tão cara oferecia a cada um dos nossos críticos uma assinatura da The Architectural Review, porque só posso colocar a hipótese de que eles não saibam que é possível escrever sobre arquitectura de uma forma que não seja este aborrecimento proto-teórico que parece saído de uma memória descritiva de um aluno de faculdade com aspirações a«intelectual». Mais uma fez, o trabalho dos arquitectos* e dos fotógrafos não merecia um texto assim.
* Como o texto não está assinado podemos estar na presença não de um homicídio mas de um suicídio, já que a hipótese mais provável é que o texto tenha sido escrito pelos projectistas. Nesse caso, devemos culpabilizar a revista, que não conhece a diferença entre um texto crítico e uma memória descritiva - só Deus sabe o que nós escrevemos nas memórias descritivas, e com isto quero incluir-me no rol de arquitectos que diariamente assassinam a língua para explicar «vãos», «volumes», «corpos», «materialidades» e mais o diabo a quatro. Se eu mandasse, as memórias descritivas eram todas assim:
«Este é um prédio muito lindo. Senhor presidente da câmara, por favor aprove-o.»
Eram florestas e florestas amazónicas que se poupavam em papel.
«Compleição fonética»
O Bruno Sena Martins diz que sabe que eu sou uma pessoa de bem mas isso não o impede de dizer algo muito acertado: o nome de Makukula é e deverá ser sempre «Ariza Makukula». O motivo do meu deslize foi o desconhecimento das regras do jogo. Ninguém me apresentou os estatutos e portanto eu não sabia se valiam palavras compostas ou mesmo pares de palavras que são óbvias siamesas. Daí o Makukula a solo, fragilidade que procurei minimizar ao intitular o post Ariza.
P.S.: Essa da TSF foi golpe baixo.
P.S.: Essa da TSF foi golpe baixo.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Ariza
Respondendo à solicitação da senhora dona Bomba:
- Fenestração: é o único vocábulo do léxico arquitectónico que lhe confere alguma tensão erótica, vá-se lá saber porquê.
- Higiene: tenho uma componente asaeesca latente em mim, reconheço, prefiro tudo bem lavadinho (e nem chego a entrar pelos caminhos da «higiene mental», senão não saía daqui).
- Amiúde: durante anos pensei que o que o Tim cantava era «queria ter um avião, p'ra lá ir mais a miúda».
- Sarcasmo: a maior virtude humana, depois do benfiquismo.
- Honestidade (e o ambiente).
- Contradição: estou até a pensar começar um blogue sob esta égide.
- Lexicografia.
- Makukula: é quase um mantra.
- Bach: que em português se lê barrrrrrrrrrrrrrrrrre.
- Arquitectura: se ignorarmos o seu significado percebemos que é uma palavra bem catita.
- Matemática: é tudo sílabas assertivas, quase exactas.
- Beleza: não como em «Leonor» mas como em «é fundamental».
Como tenho de passar isto a 12 pessoas, passo-o 3 vezes ao Pedro Mexia, 3 vezes ao Tiago Cavaco, 3 vezes ao Rogério Casanova e mais 3 vezes ao Vasco Barreto.
- Fenestração: é o único vocábulo do léxico arquitectónico que lhe confere alguma tensão erótica, vá-se lá saber porquê.
- Higiene: tenho uma componente asaeesca latente em mim, reconheço, prefiro tudo bem lavadinho (e nem chego a entrar pelos caminhos da «higiene mental», senão não saía daqui).
- Amiúde: durante anos pensei que o que o Tim cantava era «queria ter um avião, p'ra lá ir mais a miúda».
- Sarcasmo: a maior virtude humana, depois do benfiquismo.
- Honestidade (e o ambiente).
- Contradição: estou até a pensar começar um blogue sob esta égide.
- Lexicografia.
- Makukula: é quase um mantra.
- Bach: que em português se lê barrrrrrrrrrrrrrrrrre.
- Arquitectura: se ignorarmos o seu significado percebemos que é uma palavra bem catita.
- Matemática: é tudo sílabas assertivas, quase exactas.
- Beleza: não como em «Leonor» mas como em «é fundamental».
Como tenho de passar isto a 12 pessoas, passo-o 3 vezes ao Pedro Mexia, 3 vezes ao Tiago Cavaco, 3 vezes ao Rogério Casanova e mais 3 vezes ao Vasco Barreto.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Cenas da vida conjugal
- Hoje é dia dos namorados.
- Pois é.
- Sabes que programa romântico vamos fazer logo à noite?
- Hum. Ver o Benfica?
- Não. Fazer o IVA.
Nota: Mas vamos (o plural é generoso) ver o Benfica à mesma, atenção.
- Pois é.
- Sabes que programa romântico vamos fazer logo à noite?
- Hum. Ver o Benfica?
- Não. Fazer o IVA.
Nota: Mas vamos (o plural é generoso) ver o Benfica à mesma, atenção.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Mostra-me o teu traço singular
«(...) só se imita o inimitável, porque só o inimitável se distingue e suficientemente consolida para ser imitado (...)»
As vozes que criticam Os Pontos Negros por estes serem «os Strokes portugueses» são a prova de que o síndrome da memória curta é uma patologia de massas em Portugal e de que já ninguém se lembra do tempo em que o «rock português» era sinónimo daquela banda do senhor simultaneamente careca e gadelhudo (mais uma «especificidade cultural» digna de nota) cujo maior feito foi escrever o jingle dos intervalos do Estádio da Luz.
Eduardo Prado Coelho, citado por Eduardo Souto de Moura
As vozes que criticam Os Pontos Negros por estes serem «os Strokes portugueses» são a prova de que o síndrome da memória curta é uma patologia de massas em Portugal e de que já ninguém se lembra do tempo em que o «rock português» era sinónimo daquela banda do senhor simultaneamente careca e gadelhudo (mais uma «especificidade cultural» digna de nota) cujo maior feito foi escrever o jingle dos intervalos do Estádio da Luz.
Eduardo Prado Coelho, citado por Eduardo Souto de Moura
Immediate, ecstatic and penetrating
[Mr McCain] may lack Mr Obama's eloquence or Mrs Clinton's grasp of policy detail. But while Mr Obama was in short strousers and Hillay Rodham was waffling to her fellow students about "searching for more immediate, ecstatic and penetrating modes of living", Mr McCain was having his teeth and bones broken by North Vietnamese interrogators.
in «After Super Tuesday», The Economist, February 9th-15th 2008
in «After Super Tuesday», The Economist, February 9th-15th 2008
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Amuei
(...) Uma pequena multidão descobriu as maravilhas da monarquia, muda o nome de Ataíde para Athayde (...)
José Pacheco Pereira
Quero daqui dizer que não sou monárquico e que escrevo o meu nome com a grafia corrente («Ataíde»), mas que no entanto fiquei ofendido com isto. Vou deslinkar o Abrupto, until further notice. É que vou mesmo. Deslarguem-me. Eu vou-me a ele.
José Pacheco Pereira
Quero daqui dizer que não sou monárquico e que escrevo o meu nome com a grafia corrente («Ataíde»), mas que no entanto fiquei ofendido com isto. Vou deslinkar o Abrupto, until further notice. É que vou mesmo. Deslarguem-me. Eu vou-me a ele.
Obama 2016
Ter de escolher entre Obama e McCain é um luxo político que em Portugal é difícil de entender. As minhas reservas em relação a Obama são as do costume: não saber onde está a linha que separa a superfície do substrato. Mas aparte disso gosto do homem e estou disposto a deixar-me seduzir pela obamania, ainda que consciente do potencial de desilusão que isso acarreta. No entanto estou convencido que mais 8 anos no Senado não lhe fariam nada mal, e que 46 anos é uma idade ligeiramente imberbe para se chegar à Casa Branca. Portanto, vai daqui o meu apoio oficial:
domingo, 10 de fevereiro de 2008
Teotónio
1. Nuno Teotónio Pereira ainda conduz aos 85 anos.
2. Teotónio Pereira não gosta particularmente quando o semáforo passa a amarelo e ameaça o vermelho.
3. Quando 2 acontece, Teotónio acelera.
4. Por causa de 3 eu ia sendo atropelado à porta de casa.
2. Teotónio Pereira não gosta particularmente quando o semáforo passa a amarelo e ameaça o vermelho.
3. Quando 2 acontece, Teotónio acelera.
4. Por causa de 3 eu ia sendo atropelado à porta de casa.
Aquilo saiu tudo pulverizado (II)
A minha ideia foi a de fazer ruas e pátios com logradouros interiores. A grande novidade era, então, a de cortar com os ideais de Le Corbusier, abrindo quarteirões, ou seja, ventilá-los, em vez de os fechar. Mas nos Olivais Sul éramos todos arquitectos diferentes e aquilo saiu tudo pulverizado. Todos nos excedemos ali, o que não foi bom. A cidade é feita da variedade quando há diferença de tempo, com as ruas a dar homogeneidade. Nos Olivais Sul, o suporte urbanístico não dá essa homogeneidade, porque ele próprio foi desenhado de uma forma mais ou menos artística, pela rejeição da tradicional rua-praça-viela.
Nuno Portas, in Arquitectura e Construção nº 47
Nuno Portas, in Arquitectura e Construção nº 47
sábado, 9 de fevereiro de 2008
A minha guitarra na Radar
Reservou-me o destino que isto tivesse acontecido depois casado e engordado. Se isto se tivesse dado nos anos 90 eu teria sido um adolescente mais feliz. Os meus pais teriam agradecido e a minha mulher ter-se-ia poupado ao embaraço que é estar casada com um teenager sem acne. Não questiones os desígnios do Senhor.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Every time
I make love to my computer screen every time this video comes on. It comes on a lot.
Comentário de «mjsewell» ao vídeo de About Today, The National, no Youtube.
Comentário de «mjsewell» ao vídeo de About Today, The National, no Youtube.
Convite
São 5 euros à entrada mas parte é apara ajudar os músicos a comprar palhetas, e a Fábrica da Pólvora é um local bem agradável, o que compensará a falta de ensaios por parte dos, enfim, «músicos» - 15 dias and counting, somos pessoas muito ocupadas. E oiçam também o programa A Hora do Bolo da Radar, amanhã, às 17.00.
Consta que o guitarrista é extraordinariamente bem parecido.
On cookies
O Rogério Casanova - que anda há tempo demais a tentar convencer-nos de que o título do blogue nada deve a Roth - escreveu agora este parágrafo - e sobre parágrafos não quero ser o único que não linkou este post- a todos os títulos digno de reprodução - reprodução a que passarei mal acabe o que tenho para dizer - que não me deixa estar calado: esse parágrafo, meu, podia ter saído inteirinho da boca de Trick E. Dixon, se já houvesse internet em 1970. Espero que saibas o que isso significa. Negas? Não tens como.
(Então cá vai a reprodução:)
«My browser does support cookies. My browser has always supported cookies. My browser was supporting cookies long before it was even fashionable to support cookies. My browser categorically denies any attempt to undermine the cookies, and derides those accusations as the callous political ploy they so cookie-obviously are. Although my browser may have some misgivings regarding the current cookie deployment strategy, particularly the "cookie-surge", it also understands that cookies are a brave bunch, going where they're told to go, doing their cookie-like things wherever they're told to do their cookie-like things. Cookies play a vital role in sustaining our shiny and delightful cookie freedom. My browser's record shows a consistent resolve to stand by the cookie coalition and support the cookie effort. My browser's vocal moral commitment to cookies will continue, regardless of these shameful attempts at playing politics with our cookies»
(Então cá vai a reprodução:)
«My browser does support cookies. My browser has always supported cookies. My browser was supporting cookies long before it was even fashionable to support cookies. My browser categorically denies any attempt to undermine the cookies, and derides those accusations as the callous political ploy they so cookie-obviously are. Although my browser may have some misgivings regarding the current cookie deployment strategy, particularly the "cookie-surge", it also understands that cookies are a brave bunch, going where they're told to go, doing their cookie-like things wherever they're told to do their cookie-like things. Cookies play a vital role in sustaining our shiny and delightful cookie freedom. My browser's record shows a consistent resolve to stand by the cookie coalition and support the cookie effort. My browser's vocal moral commitment to cookies will continue, regardless of these shameful attempts at playing politics with our cookies»
A Atlântico deste mês
Se eu ainda não comentei a Atlântico é porque ainda não li a Atlântico; se eu ainda não li a Atlântico é porque ainda não comprei a Atlântico; se eu ainda não comprei a Atlântico é porque não consegui arranjar tempo para comprar a Atlântico; se eu não consegui arranjar tempo para comprar a Atlântico é porque tive uma semana, enfim, faltam-me as palavras.
(E agora a cereja, não não, o tomate cherry em cima do bolo, escrevi este post todo só para chegar a esta frase, cá vai:)
Se eu não leio a Atlântico sem comprar a Atlântico é porque não me dou com pessoas que leiam a Atlântico, pormenor auto-biográfico que julgo sair em minha defesa.
(E agora a cereja, não não, o tomate cherry em cima do bolo, escrevi este post todo só para chegar a esta frase, cá vai:)
Se eu não leio a Atlântico sem comprar a Atlântico é porque não me dou com pessoas que leiam a Atlântico, pormenor auto-biográfico que julgo sair em minha defesa.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
domingo, 3 de fevereiro de 2008
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Extremamente bonito e inteligente
Este Sábado às 17.00, e Domingo às 16.00, pelo programa «A Hora do Bolo» vão passar os Franz Ferdinand, os Bloc Party, os The National e mais umas quantas bandas, entre elas um agrupamento que tem um guitarrista extremamente bonito e inteligente. Estejam atentos.
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