A única diferença entre esta «crítica» do João Gonçalves (que entusiasmou o Vasco) e todas as outras é a sua honestidade. Ou seja, JG malha forte e feio para depois, quase amodorroado, afirmar que não leu aquilo que está a desconsiderar. Parece dizer: aquilo é tão mau que eu nem vou ler*. Ah, mas quantos de nós conseguem privar-se ao prazer de dizer uma coisa destas?
(Isto não quer dizer que partilhe da tese de JG. Li Equador, sim senhor, mas não li nenhum dos outros. Mas sei uma coisa: Rodrigo Guedes de Carvalho escreve bem - já lhe li coisas que não os romances que impressionam pelo seu domínio da língua. Não faço tensões de ler José Rodrigues dos Santos, e estou a tentar convencer a minha mulher a deixar entrar lá em casa o Rio das Flores, tarefa que não tem sido fácil.)
* Paulo Coelho, por exemplo. Tenho de ler Paulo Coelho?