Claro que as maquetes do João e os Móveis Correia surgem como alternativa a esta desilusão. Usei-os porque isto é a blogosfera, e são já um clássico por estas bandas. Goste-se ou não da tua arquitectura (coisa que não posso dizer porque nunca a "vivi") é evidente que é algo que nasce de uma vontade forte. E já agora acrescento o Livro de Obra também, e os fascinantes relatos do crescimento da "coisa". Esse pilares de betão na fachada, por exemplo, é algo que não consigo identificar com nada, é novo. E portanto, só por isso, já valeu a pena a sua construção. Se calhar noto uma influência «Vicentiana» (o termo existe? pode usar-se?): o fascínio pela manipulação dos materiais «vulgares», e modos de expressão correntes. O gesto que é aparente nesse edifício é uma manipulação hábil do elemento «pilar de betão» (merda, não estou a gostar de escrever isto, parece que me coloco numa posição qualquer que não me agrada, de falta de humildade). Outros, para se tentarem colocar no mapa, escolheriam um material invulgar de revestimento, por exemplo. E essa tua atitude remete para um teu texto que foi publicado no JA, que me lembro bem: a arquitectura como a arte do possível.