domingo, 30 de abril de 2006
Bendita constância
Percebemos que estamos apaixonados, ou que a paixão não se mutou, quando não conseguimos evitar o embaraço com as mesmas coisas de sempre.
sexta-feira, 28 de abril de 2006
«Vamo pará com essa palhaçada?»
Luis Filipe Scolari, no Aeroporto, simultaneamente dirigindo-se aos jornalistas (não interessa sobre o quê) e subindo na minha consideração.
Maria Filomena Mónica
Quando Bilhete de Identidade foi publicado, comentou-se a má leitura que alguns faziam do livro: em vez de o lerem com pés e cabeça, corriam para o índice onomástico à procura das páginas mais quentes. É uma coisa feia e mesquinha de se fazer. Há que ter o mínimo de respeito pela obra e pela autora: eu cá fui directo às fotografias.
quarta-feira, 26 de abril de 2006
Como diz o outro, coisas simples
Coisas boas da vida: ler os dois artigos do Francisco José Viegas na revista de sábado do Diário de Notícias, um sobre a cerveja portuguesa, outro sobre um restaurante «perto do Guincho», no Guincho, com calor, a beber cerveja.
O 25 de Abril
Acho que me sinto como Cavaco: apareço nas festividades, partilho as banalidades, mas não levo cravo na lapela.
Emigrante descartável
Gosto de passar pelo aeroporto, ao longe. Sonho acordado com as idas, das que ficaram na memória e das que esperam para acontecer. Não me preocupa o destino, e do aeroporto não vejo mais do que a partida. Curiosamente, este fascínio aumenta de noite, e isto não está apenas relacionado com as luzes brilhantes: à noite, lembro-me dos regressos (regressamos sempre de noite, por oposição às partidas matinais). Percebo que gosto de ir para poder voltar. Pode ser uma choldra, mas é a nossa choldra. E o aeroporto é aquilo que permite que a nossa choldra não se torne irrespirável. No fundo, será um problema de apneia.
sexta-feira, 21 de abril de 2006
O marido
Vi hoje Manuel Maria Carrilho submeter a sua aposta no Euromilhões. Considerando o seu estado civil, acho que Carrilho tem boas razões para acreditar que pode ganhar a sorte grande.
quinta-feira, 20 de abril de 2006
The rising force
Meu caro, estavas por acaso há coisa de dois, três anos (não sei precisar*) na Aula Magna a assistir a um Yngwie Malmsteen gorducho e em tronco nu? Eu estava, e posso adiantar que ainda hoje este zumbido no ouvido me parece muito suspeito.
*Fui pesquisar: foi em 2001. Não pode ser.
*Fui pesquisar: foi em 2001. Não pode ser.
Foi preciso esperar três anos
Foi preciso esperar três anos blogosféricos, mas parece-me que o Pedro Lomba está a atrevessar uma fase mexiana.
Ela acordou assim
(...) Chateia-me, por exemplo, que se faça o culto da depressão. É cool ser depressivpo e andar infeliz. É cool ler escritores e poetas tristes e depois dizer que nos identificamos. Lá está. Um bom exercío seria andar em busca de poetas reinadios e jocosos. Chateia-me também o pseudo-intelectualismo. Somos todos tãããããooooo cultos. Lê-se imenso. Vai-se imenso ao cinema. Vêem-se exposições e concertos. Nada mainstream - Deus nos livre e guarde de fazer o que quer que seja que as massas andem a fazer. Claro que depois, e isto ninguém diz, ser intelectual é como fazer parte de um clubinho onde - importante - não se pode trabalhar, produzir ou fazer algo que não seja para nosso bel-prazer (ainda que este modo de vida, totalmente umbiguista, não contribua, Deus nos proteja, para qualquer tipo de estado vagamente aparentado com a felicidade). Por isso as "reuniões" são sempre marcadas para dias e horas em que as pessoas - ditas normais, oh o horror- trabalham. (...)
terça-feira, 18 de abril de 2006
Esfinge and friends
A história, tal como a conhecemos actualmente, iniciou-se a leste da bacia mediterrânica, no vale do Nilo ou no do Tigre e do Eufrates.
História Mundial da Arte - 1, Everard Upjohn, Paul S. Wingert, Jane Gaston Mahler, ed. Livraria Bertrand, 1965 (pertencia à minha mãe)*
Começa assim o capítulo do «romance» que vai simultaneamente relembrar o prazer das aulas de História de Arte no liceu (ops, deriva ideológica, escola secundária) e servir de preparativo para uma viagem de uma semana a um casamento sob 40 graus.
* Capítulo 2, O Egipto
História Mundial da Arte - 1, Everard Upjohn, Paul S. Wingert, Jane Gaston Mahler, ed. Livraria Bertrand, 1965 (pertencia à minha mãe)*
Começa assim o capítulo do «romance» que vai simultaneamente relembrar o prazer das aulas de História de Arte no liceu (ops, deriva ideológica, escola secundária) e servir de preparativo para uma viagem de uma semana a um casamento sob 40 graus.
* Capítulo 2, O Egipto
segunda-feira, 17 de abril de 2006
Mea culpa
Interpretei mal. Eu e muita gente, mas pela parte que me toca aqui estou a confessá-lo. Estamos na Páscoa, a Quaresma acabou neste instante. A Quaresma, para quem não sabe, é dada a sacrifícios. A história da net a mais que o Vaticano censurou pelos jornais e pela televisão aconteceu na Quaresma. Não é a mesma coisa. Sejamos sérios, este blogue errou.
quinta-feira, 13 de abril de 2006
«(...) e depois um gajo anda a comer a mulher do vizinho (...)»
Um distinto senhor engenheiro, há coisa de hora, hora e meia, durante uma conversa durante a qual me tentava convencer a mudar a localização de uma casa de banho e respectiva córete (eu escrevo assim), por causa dos tubos, se eu percebi bem.
Ratzingadas, ou Perdoai-lhes Senhor porque eles não sabem o que fazem*
Passar demasiado tempo a ler jornais, a ver televisão ou a navegar na Internet são alguns dos «novos pecados» anunciados pela Igreja Católica, noticia a Agência Ecclesia. O anúncio de que estas actividades passaram a ser pecadoras foi feito ontem no Vaticano pelo Cardeal James Francis Stafford, Penitenciário-Mor, ao presidir ao Rito da Reconciliação, celebração que era tradicional em Roma até ao Renascimento. (...)
Sabendo agora que é pecado, confesso, blogar passou a saber muito melhor.
* Uma série em potência
Sabendo agora que é pecado, confesso, blogar passou a saber muito melhor.
* Uma série em potência
terça-feira, 11 de abril de 2006
segunda-feira, 10 de abril de 2006
Eu é mais manifestos
Já se percebe que não estou em condições para atacar Koolhaas nas condições ideais. Talvez daqui a uns dias, e valerá a pena insistir, porque a entrevista é tão má, tão má, mas tão má, que será um post fácil. Deixo apenas um aperitivo. O entrevistador (inspirado), entra a matar, com o pé em cima do estatuto político que Koolhaas vai reclamando, com perguntas deste calibre: What is a socialist like you doing designing shops for fashion house Prada and its world of luxury? Os pés de Koolhaas, esses, começam desde o início a meter-se pelas mãos. Apenas um exemplo. O herdeiro de Corbusier justifica assim a ligação que persegue entre arquitectura e política:
All important architecture of the last century was strongly influenced by political systems. Look at the Soviet system, with its constructivism and Stalinism, Weimer with its Modern style, Mussolini and, of course, the Nazis and Albert Speer's colossal structures.
Bela companhia que Rem Koolhaas escolheu para si, diria. E um belo exercício de retórica deturpada. O que Koolhaas aqui faz é inverter o nexo de causalidade: não é verdade que toda a arquitectura interessante do último século tenha sido influencidada pelos sistemas políticos, mas antes todos os sistemas políticos determinantes utilizaram a arquitectura. E essa arquitectura está longe de ser «toda a arquitectura importante». Aliás, se as desligarmos dos respectivos sistemas políticos, pouco sobra para admirar. E Frank Lloyd Wright? E Mies van der Rohe? E Alvar Aalto? Isto tem mesmo de seguir para outros posts.
All important architecture of the last century was strongly influenced by political systems. Look at the Soviet system, with its constructivism and Stalinism, Weimer with its Modern style, Mussolini and, of course, the Nazis and Albert Speer's colossal structures.
Bela companhia que Rem Koolhaas escolheu para si, diria. E um belo exercício de retórica deturpada. O que Koolhaas aqui faz é inverter o nexo de causalidade: não é verdade que toda a arquitectura interessante do último século tenha sido influencidada pelos sistemas políticos, mas antes todos os sistemas políticos determinantes utilizaram a arquitectura. E essa arquitectura está longe de ser «toda a arquitectura importante». Aliás, se as desligarmos dos respectivos sistemas políticos, pouco sobra para admirar. E Frank Lloyd Wright? E Mies van der Rohe? E Alvar Aalto? Isto tem mesmo de seguir para outros posts.
Do Terceiro Anel
Cometes um equívoco fundador, meu caro: eu não escrevo sobre futebol, escrevo sobre o Benfica. Que querias? Que fosse moderado? Analítico? Perspicaz? Justo? Correcto? Inteligente? Algo menos que militante? Saudável? Descomprometido? Não estás em ti. És tu e o Koeman.
P.S: Creio que só o Filipe Nunes Vicente me compreende.
P.S: Creio que só o Filipe Nunes Vicente me compreende.
domingo, 9 de abril de 2006
E eu que devo ter todos os seus livros na estante
Manuel Graça Dias, na semana passada, no Expresso:
Não sou grande frequentador de blogues. (...)
Um dias destes li, não sei onde (e não é snobismo, na realidade não saberia lá voltar), qualquer coisa do género: «[...] Manuel Graça Dias, que se está a tornar um caso clínico - não consegue escrever três linhas que não fale em transportes públicos [...].
Para desespero (?) deste meu leitor, aqui vão, então, mais algumas linhas sobre o tema. (...)
«Um caso clínico», in Actual 01.04.06
Corrijo a citação [Manuel Graça Dias (que começa a tornar-se num caso clínico: não consegue pronunciar três frases seguidas sem usar a expressão «transportes públicos»)] e indico a fonte. Tratados os pormenores, avancemos para o essencial. Apesar de Manuel Graça Dias pensar o contrário (mais à frente no texto acusa este «nosso amigo blogue» de não se incluir entre aqueles que já perceberam que é preciso uma «radical mudança» para «alterar o estado das coisas»), partilho esta sua preocupação. Acabei mesmo de comprar uma casa num sítio que deixa os meus amigos muito preocupados: então e o estacionamento? A verdade é que não gosto de carros, e gosto de não ter que os usar. Mais: a grande parte do atrito que vivo com a minha Lisboa nasce da relação perturbada que a cidade tem com o automóvel, e da relação freudiana que o português mantém com o seu veículo. Portanto, quanto a este leitor específico, Manuel Graça Dias pode esperar um apoiante da sua causa. Ou seja, para além da escrita (que sempre aprecio) neste caso adiro ao conteúdo, o que nem sempre acontece com as palavras do arquitecto. As palavras que aqui escrevi e que ficaram na memória de Graça Dias não eram mais do que uma irónica provocação ao mais exposto dos falantes de arquitectura do nosso país. E como este blogue de snobismo também não tem nada, escancaram-se desde já as portas e abrem-se os braços para receber Manuel Graça Dias. Venha daí, arquitecto, esta casa é de confiança.
P.S: Só há dois dias dei pelo texto. Na semana passada, quando o vi pela primeira vez, passei à frente, pouco motivado que fiquei para ler, mais uma vez, Graça Dias sobre a mobilidade urbana. Portanto se calhar há aqui um certo «desespero», mas apenas porque em cada texto sobre o tema, Graça Dias desperdiça uma oportunidade de se dispersar sobre outros assuntos, coisa que tão bem sabe fazer.
Não sou grande frequentador de blogues. (...)
Um dias destes li, não sei onde (e não é snobismo, na realidade não saberia lá voltar), qualquer coisa do género: «[...] Manuel Graça Dias, que se está a tornar um caso clínico - não consegue escrever três linhas que não fale em transportes públicos [...].
Para desespero (?) deste meu leitor, aqui vão, então, mais algumas linhas sobre o tema. (...)
«Um caso clínico», in Actual 01.04.06
Corrijo a citação [Manuel Graça Dias (que começa a tornar-se num caso clínico: não consegue pronunciar três frases seguidas sem usar a expressão «transportes públicos»)] e indico a fonte. Tratados os pormenores, avancemos para o essencial. Apesar de Manuel Graça Dias pensar o contrário (mais à frente no texto acusa este «nosso amigo blogue» de não se incluir entre aqueles que já perceberam que é preciso uma «radical mudança» para «alterar o estado das coisas»), partilho esta sua preocupação. Acabei mesmo de comprar uma casa num sítio que deixa os meus amigos muito preocupados: então e o estacionamento? A verdade é que não gosto de carros, e gosto de não ter que os usar. Mais: a grande parte do atrito que vivo com a minha Lisboa nasce da relação perturbada que a cidade tem com o automóvel, e da relação freudiana que o português mantém com o seu veículo. Portanto, quanto a este leitor específico, Manuel Graça Dias pode esperar um apoiante da sua causa. Ou seja, para além da escrita (que sempre aprecio) neste caso adiro ao conteúdo, o que nem sempre acontece com as palavras do arquitecto. As palavras que aqui escrevi e que ficaram na memória de Graça Dias não eram mais do que uma irónica provocação ao mais exposto dos falantes de arquitectura do nosso país. E como este blogue de snobismo também não tem nada, escancaram-se desde já as portas e abrem-se os braços para receber Manuel Graça Dias. Venha daí, arquitecto, esta casa é de confiança.
P.S: Só há dois dias dei pelo texto. Na semana passada, quando o vi pela primeira vez, passei à frente, pouco motivado que fiquei para ler, mais uma vez, Graça Dias sobre a mobilidade urbana. Portanto se calhar há aqui um certo «desespero», mas apenas porque em cada texto sobre o tema, Graça Dias desperdiça uma oportunidade de se dispersar sobre outros assuntos, coisa que tão bem sabe fazer.
quinta-feira, 6 de abril de 2006
That's unimportant
SPIEGEL: Some people say that if architects had to live in their own buildings, cities would be more attractive today.
Koolhaas: Oh, come on now, that's really trivial.
SPIEGEL: Where do you live?
Koolhaas: That's unimportant. It's less a question of architecture than of finances.
SPIEGEL: You're avoiding the question. Where do you live?
Koolhaas: OK, I live in a Victorian apartment building in London.
Rem Koolhaas, no seu melhor, descoberto através do Daniel. Voltarei a esta entrevista, sumarenta, onde Koolhaas revela todos os tiques, contradições, disparates, you name it, do arquitecto-político.
Koolhaas: Oh, come on now, that's really trivial.
SPIEGEL: Where do you live?
Koolhaas: That's unimportant. It's less a question of architecture than of finances.
SPIEGEL: You're avoiding the question. Where do you live?
Koolhaas: OK, I live in a Victorian apartment building in London.
Rem Koolhaas, no seu melhor, descoberto através do Daniel. Voltarei a esta entrevista, sumarenta, onde Koolhaas revela todos os tiques, contradições, disparates, you name it, do arquitecto-político.
O cantinho do fanático
Y es que, a pesar del resultado final, al Barça le costó lo indecible asegurarse el pase a la siguiente ronda. El 0-0 de la ida pesó como una losa y el Camp Nou sufrió como nunca esta temporada. Y es que el pase a 'semis' no estuvo garantizado hasta el minuto 88', cuando Eto'o sentenció con el 2-0 definitivo.
Esperava-se mais do Benfica, apesar de tudo. Erros tácticos inconcebíveis (Manuel Fernandes à esquerda, Simão no meio, Karagounis no banco, Beto), exibições apagadas (Petit, miserável), e uma enorme falta de classe. Mas também se esperava mais do Barça: estava demasiado dinheiro em jogo e isso amansou a equipa catalã, tão preocupada em não sofrer como em marcar. Podia ter-lhes custado caro, naquilo que seria uma injustiça do tamanho do futebol, mas a verdade é que aquele 1-0 a dez minutos do fim não sossegava ninguém. Enfim, Ronaldinho fez 3 passes a 40 metros praticamente de costas (viram?), Eto'o partiu a defesa ao meio, aquele Iniesta tem muito futebol nos pés, mas de resto foi apenas o suficiente para ganhar ao Benfica, ou seja, muito pouco. Gostei de Moretto, Luisão, Manuel Fernandes, Miccoli, os do costume. Não gostei, particularmente, de Koeman.
Esperava-se mais do Benfica, apesar de tudo. Erros tácticos inconcebíveis (Manuel Fernandes à esquerda, Simão no meio, Karagounis no banco, Beto), exibições apagadas (Petit, miserável), e uma enorme falta de classe. Mas também se esperava mais do Barça: estava demasiado dinheiro em jogo e isso amansou a equipa catalã, tão preocupada em não sofrer como em marcar. Podia ter-lhes custado caro, naquilo que seria uma injustiça do tamanho do futebol, mas a verdade é que aquele 1-0 a dez minutos do fim não sossegava ninguém. Enfim, Ronaldinho fez 3 passes a 40 metros praticamente de costas (viram?), Eto'o partiu a defesa ao meio, aquele Iniesta tem muito futebol nos pés, mas de resto foi apenas o suficiente para ganhar ao Benfica, ou seja, muito pouco. Gostei de Moretto, Luisão, Manuel Fernandes, Miccoli, os do costume. Não gostei, particularmente, de Koeman.
quarta-feira, 5 de abril de 2006
Chamem-lhe «uma certeza»
Fabrizio Miccoli marca hoje. Parece-me por demais evidente. A isto se juntarmos talvez uma gracinha do Luisão, começa a desenhar-se o desfecho final. Não há equipas imbatíveis. E o Benfica é uma delas. Por isso, há que ser moderado e respeitar o adversário, porque o Barcelona é uma boa equipa, com um ou dois elementos lá na frente que podem desequilibrar.
terça-feira, 4 de abril de 2006
A inveja é coisa feia
Escreve o Luís Aguiar-Conraria:
Na verdade, apesar de ser licenciado em Economia, ter dois mestrados em Economia, um doutoramento em Economia e de ser professor de Economia, não estou inscrito na Ordem dos Economistas (organização corporativa que me causa arrepios). Legalmente, não posso assinar como Economista.
Ah, como eu o invejo. Não pelos mestrados ou pelo doutoramento ou pelo cargo de professor. O que me deixa roído é a possibilidade de não ter que pertencer à Ordem dos Arquitectos.
Na verdade, apesar de ser licenciado em Economia, ter dois mestrados em Economia, um doutoramento em Economia e de ser professor de Economia, não estou inscrito na Ordem dos Economistas (organização corporativa que me causa arrepios). Legalmente, não posso assinar como Economista.
Ah, como eu o invejo. Não pelos mestrados ou pelo doutoramento ou pelo cargo de professor. O que me deixa roído é a possibilidade de não ter que pertencer à Ordem dos Arquitectos.
«Primeira Pessoa»
Não fui à apresentação, mas claro que o vou comprar. Queria, no entanto, fazer notar o seguinte: o Pedro Mexia lançou um livro com o «Pedro Mexia» na capa (ou vice-versa).
Não é lá muito poético
Até se perdoa o título* que parece saído de uma biografia de político de segunda ordem, mas, senhores, a FNAC do Colombo?
* Talvez se deva não ao discurso, mas ao objecto. Sim, melhora o cenário.
* Talvez se deva não ao discurso, mas ao objecto. Sim, melhora o cenário.
segunda-feira, 3 de abril de 2006
É a carne e o nervo do osso
Continuo a comprar a Atlântico. Desculpo-me com a defesa de que as publicações de tendência em Portugal escasseiam e que o dito espécime cumpre os mínimos. Para quem não sabe, a Atlântico é a revista onde escrevem Constança Cunha e Sá, Maria Filomena Mónica, e toda a gente com menos de 35 anos, de direita, cujo blogue tem mais de 300 visitas diárias (mais o Luciano Amaral e o Rui Ramos). Ideologicamente revejo-me a espaços, mas formalmente os espaços são mais raros. Digamos que, bom, há qualquer coisa, qualquer coisa com a qual eu não atino. Há, digamos, duas Atlânticos. Exemplifico com duas aberturas de artigo, um na página 56, outro na página 57 (nem de propósito):
Face número 1: «Não há no mundo lugar em que mais goste de estar do que na Penha Longa. Chegar numa manhã de sol ao buraco 4 do campo de golfe, entre o mar e a serra de Sintra é um prazer que, por muito que se repita, nunca cansa.» Escreveu assim Pedro Marques Lopes.
Número 2: «Faço isto por cerveja. Uma pessoa faz qualquer coisa por umas cervejas, inclusive isto.» Escreveu Jorge Madeira (pseudónimo literário do maradona.)
Não sei se me fiz entender.
Face número 1: «Não há no mundo lugar em que mais goste de estar do que na Penha Longa. Chegar numa manhã de sol ao buraco 4 do campo de golfe, entre o mar e a serra de Sintra é um prazer que, por muito que se repita, nunca cansa.» Escreveu assim Pedro Marques Lopes.
Número 2: «Faço isto por cerveja. Uma pessoa faz qualquer coisa por umas cervejas, inclusive isto.» Escreveu Jorge Madeira (pseudónimo literário do maradona.)
Não sei se me fiz entender.
Eram nove da madrugada
Calções pretos, t-shirt preta, não há que enganar: hoje cruzei-me mesmo com o João Luís no ginásio.
domingo, 2 de abril de 2006
Cagufa
Gio avisa: "Si el miércoles no marcamos, lo tendremos difícil"
"Estamos acostumbrados a jugar en casa frente a equipos así, que defienden muy bien y van al contragolpe. El Benfica hará lo mismo, ya vimos lo que hizo en Liverpool, donde ganó 0-2, eso es una lección para nosotros, sabemos que tenemos que generar ocasiones y defender con concentración", dijo.
"Estamos acostumbrados a jugar en casa frente a equipos así, que defienden muy bien y van al contragolpe. El Benfica hará lo mismo, ya vimos lo que hizo en Liverpool, donde ganó 0-2, eso es una lección para nosotros, sabemos que tenemos que generar ocasiones y defender con concentración", dijo.
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